MAGAZINE SOUJAR

sábado, 5 de dezembro de 2015

VARIG ANOS 60

 
No dia 22 de de junho de 1960 pousou no Galeão o primeiro voo da VARIG vindo de Nova York com o Boeing 707-441, equipado com quatro turbinas Rolls-Royce, que garantiam economia de combustível e mais alcance em relação as outras versões. Com o B707, a VARIG foi a primeira companhia a oferecer voos sem escalas entre o Rio de Janeiro e Nova York.
Em agosto de 1961 a VARIG comprou o consórcio Real-Aerovias-Nacional, que estava em dificuldades financeiras. Sendo assim, a VARIG se tornou líder no mercado doméstico e expandiu sua malha internacional para Lima, Bogotá, Caracas, México, Miami e Los Angeles. Com a compra do consórcio Real-Aerovias-Nacional, a malha nacional da VARIG passou a atender mais de 90 cidades no Brasil.
Pouco tempo mais tarde a VARIG passou a ser a líder também no mercado internacional, quando herdou as rotas para Europa da Panair do Brasil. Para isso, a companhia ampliou a sua frota de jatos intercontinentais, incorporando Boeing 707-300 e Douglas DC-8-33. A VARIG passou a atender vários destinos na Europa e Oriente Médio como Lisboa, Madrid, Roma, Paris, Frankfurt, Londres e Beirut, se consolidando como a maior companhia aérea da América Latina. A VARIG foi a única companhia aérea do mundo a operar os três jatos americanos da primeira geração: Boeing 707, Convair 990 e Douglas DC-8.
Porém, em dezembro de 1966, Ruben Berta morreu em sua mesa de trabalho. Em seu lugar entrou o carioca Erik Kastrup de Carvalho, que anteriormente trabalhava na Panair. Erik continuou a expansão internacional da VARIG, que chegou do outro lado do mundo em 1968, quando lançou a linha para Tokyo. Para o mercado nacional, a VARIG trouxe os velozes e silenciosos quadri-motores Lockheed Electra II. Eles substituíram os Convair 240 e Caravelle 1 nas principais rotas domésticas, incluindo a Ponte Aérea Rio de Janeiro - São Paulo.

   


 
Comissárias da VARIG em 1960 / Interior do Lockheed Electra II

Como era voar nos anos 60:
Eram os “anos dourados” da aviação, voar é muito chique e muito caro. O slogan: “VARIG, a forma elegante de voar”.
Mesmo que fosse verão, os passageiros vestiam os seus melhores ternos e as passageiras os seus melhores vestidos, que ainda podiam inclui luvas e chapéu. Para a recepção a bordo era servido champanhe francês ou uísque escocês para todos os passageiros, incluindo os da classe econômica. As aeromoças sorridentes e elegantes, com uniformes desenhados por grifes famosas, acendem as piteiras dos passageiros. Os assentos são largos e com distância de pelo menos um metro do da frente. A grande atração era a hora de comer: na primeira classe, caviar e cascatas de camarões. Na classe econômica duas opções de prato quente, além da entrada, queijos, sobremesa e bebidas como café, licores, vinhos e sucos. Já na primeira classe, o passageiro tem a sua disposição um verdadeiro restaurante cinco estrelas. Para todos os passageiros, toalhas quentes para higiene, tolha de mesa e guardanapos de linho, talheres de prata e copos de cristal.

  
Refeição Classe Econômica / Interior do Boeing 707 / Serviço a bordo do Boeing 707

Década de 60
Frota:3xBoeing 707-300
2xBoeing 707-400
11xConvair 240
2xConvair 990A

22xCurtiss C-46
40xDouglas DC-3
1xDouglas DC-8-30
5xLockheed L1049G "Super G Constellation"
5xLockheed L188 Electra II
TOTAL: 91

Presidente:Erik Kastrup de Carvalho
Destinos Nacionais:94 cidades

Destinos Internacionais:Montevidéu, Buenos Aires,
Santiago, Assunção, Lima, 
Bogotá, Caracas, Panamá, 
México, Santo Domingo, 
Miami, Los Angeles, 
New York, Ilha do Sal, 
Monróvia, Lisboa, Madrid,
Paris, Roma, Milão, Zurich, Frankfurt,
 London, Beirute, Copenhagen, 
Tokyo




                              EM FOCO: Varig e a rota para Nova YorkA primeira rota internacional de longo curso da VARIG foi para Nova York, inaugurada em julho de 1955. Desde então essa foi a rota mais importante da empresa até o fim dos voos para Nova York em 2006. A primeira aeronave a realizar a rota foi o Super G Constellation, que juntamente com o Douglas DC-7, era o quadrimotor mais avançado da época. Porém diferentemente do DC-7, o Super Constellation também ficou famoso pela sua beleza e se tornou o maior ícone do glamour da aviação nos anos 50. Projetado para transportar mais de cem passageiros, na VARIG ele tinha uma configuração ultra confortável com pouco mais de 60 assentos. O voo demorava nada menos que 25 horas e fazia escala em Belém e Trujillo. Inicialmente o voo era feito duas vezes por semana e até o final da década de 50 a VARIG dobrou a frequência, passando a voar quatro vezes por semana entre o Rio e Nova York.
Ainda na década de 50 a VARIG recebeu mais aeronaves Super G Constellation, mas dessa vez equipados com "wing tip tank" que são tanques de combustível extra na ponta das asas. Com eles o Super G Constellation podia voar do Rio de Janeiro para Nova York apenas com uma escala. Desde então a VARIG passou a oferecer voos entre o Rio e Nova York com duas escalas (em Belém e Truijillo) e uma escala (em Port of Spain).
Apesar da melhora conseguida com os "wing tip tank", a VARIG sabia que precisava fazer mais para continuar no mercado. Afinal ela competia com nada menos que a Pan Am na rota para Nova York. Foi então que a VARIG encomendou os moderníssimos jatos Boeing 707 e Caravelle em 1957. Porém o Caravelle chegou antes do Boeing 707 e o Caravelle era uma jato projetado para operar rotas curtas. Mesmo assim a VARIG usou imediatamente o Caravelle na rota para Nova York, se tornando a primeira companhia aérea do mundo a operar um jato no aeroporto JFK, em 1959. Como o Caravelle não tinha autonomia para fazer o voo sem escalas, ele fazia paradas em Belém, Port of Spain e Nassau. Mesmo assim, com o Caravelle o tempo de voo foi reduzido de 25 para 14 horas. A VARIG passou a operar a rota Rio - Nova York duas vezes por semana com os jatos Caravelle e duas vezes por semana com o Super G Constellation.
Em 1960 finalmente chegaram os Boeing 707-441 - a principal arma da VARIG contra a poderosa Pan Am. A VARIG havia escolhido e esperado a versão 400 justamente porque ela era a única capaz de voar entre o Rio de Janeiro e Nova York sem escalas, graças aos novos motores Rolls Royce. A Pan Am operava o Boeing 707-320 com motores Pratt & Witney, que não tinham autonomia suficiente e precisavam fazer uma escala. Isso dava uma grande vantagem à VARIG, já que ela era a única a oferecer voos entre o Rio e Nova York sem escalas. No entanto nem tudo era glamour, para conseguir operar sem escalas a VARIG operava nos limites máximos, exigindo toda a potência dos motores e o uso de quase toda a extensão da pista do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, a maior pista do Brasil. A companhia inclusive tinha que deixar de levar carga no porão da aeronave para que ela pudesse realizar o voo sem escalas. Mesmo assim a VARIG podia comemorar, já que nesse momento a linha Rio de Janeiro - Nova York era a rota regular sem escalas mais longa do mundo. Com a introdução do Boeing 707-441 e o fim das escalas, o tempo de voo foi reduzido para apenas 9 horas, quase um terço do tempo original feito com os Super G Constellation. E no quesito conforto a VARIG também não deixou a desejar. Os Boeing 707-441 poderia transportar cerca de 150 passageiros, mas a VARIG recolheu uma configuração bem mais confortável com menos assentos, seis banheiros e um lavatório.
Em 1960 a VARIG oferecia três voos por semana sem escalas com o Boeing 707-441, dois voos por semana com o Caravelle com escalas em Belém, Port of Spain e Nassau e dois voos por semana com o Super G Constellation com escala em Port of Spain ou escalas em Belém e Trujilo.
Em 1961 o Caravelle deixou de operar na rota para Nova York. Sendo assim a VARIG passou a oferecer dois voos semanais sem escalas com o Boeing 707-441, um voo com escala em Brasília e Port of Spain com o Boeing 707-441 e os dois voos semanais com o Super G Constellation.
Em 1966 chegaram os três primeiros Boeing 707-341C, versão conversível e com novos motores Pratt & Witney JT3D capaz de voar mais longe que o Boeing 707-441. Sendo assim o Boeing 707-320C substituiu tanto os Super G Constellation remanescentes quanto o Boeng 707-441 na rota Rio de Janeiro - Nova York, que agora era sempre feita sem escalas.
Tudo ia bem quando, em 1970, a Boeing e a Pan Am apresentam ao mundo o novo Boeing 747-100 "wide-body". A partir daquele momento os DC-8 e Boeing 707 haviam se tornado coisa do passado e os novos "wide-body" que ditariam o futuro da aviação, com dois corredores e mais que o dobro da capacidade dos jatos anteriores, a nova geração de jatos intercontinentais mudou para sempre o mundo da aviação. A VARIG sabia que era questão de tempo para a Pan Am colocar um "wide-body" na rota para o Brasil e precisava ter uma aeronave para fazer frente a concorrência. Foi então que a companhia encomendou o novo "wide-body" Douglas DC-10-30. No dia 1º de julho de 1974 decolava o primeiro voo da VARIG rumo a Nova York operado por um "widy-body". Incialmente os DC-10 estavam configurados com 30 assentos na primeira classe e 211 na classe econômica, num total de 241 assentos. Anos mais tarde a VARIG criaria a sua classe executiva e introduziria nos DC-10.
Mesmo sendo um "wide-body" também o DC-10 não fazia tanto sucesso quanto o Boeing 747. O motivo não era muito difícil de descobrir, o fato é que o Boeing 747 era o maior avião comercial da história, era maior e tinha dois andares, chamando muito mais atenção. Porém a demanda brasileira não era suficientemente grande para sustentar uma aeronave para mais de 300 passageiros.
Foi somente em fevereiro de 1981 que a VARIG conseguiu adquiriu o seu primeiro Boeing 747. A vantagem era que o Boeing 747 era da versão "Combi", ou seja, metade de sua cabine levava passageiros e a outra metade só levava carga. Isso facilitava bastante as coisas já que ao invés de mais de 300 passageiros, a VARIG precisava apenas de pouco mais de 250 para lotar todos os lugares no avião. No dia 12 de fevereiro o Boeing 747-200B fez o primeiro voo na rota Rio de Janeiro - Nova York. Agora, além de ter a mesma aeronave da Pan Am na rota, a VARIG ainda tinha uma versão mais moderna (a versão 200) contra a versão Boeing 747-100 usada pela Pan Am.
No final da década de 80 a rota para Nova York ganhou uma aeronave ainda maior e mais moderna, o Boeing 747-300. Porém, inicialmente, ainda na versão "Combi". Foi em 1988 que a VARIG recebeu o primeiro Boeing 747-300 totalmente para passageiros, capaz de transportar cerca de 400 pessoas.
Em 1987 a VARIG recebeu o primeiro jato da nova geração Boeing 767-200ER, equipados com a mais moderna tecnologia da época. Desde então os Boeing 767 passaram a dividir a rota para Nova York com os Boeing 747 e Douglas DC-10.
Em 1989 outro marco importante na aviação brasileira, a VARIG inaugurou o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Adivinha qual foi a rota? Nova York - São Paulo com o Boeing 747. A partir daí o principal voo da VARIG para Nova York passou a ser de São Paulo e não do Rio de Janeiro.
No inicio da década de 90 o Boeing 747 e Douglas DC-10 foram substituídos pela nova estrela da frota da VARIG, o MD-11. O MD-11 era uma das aeronaves mais avançadas da época com cabine totalmente computadorizada e sistemas digitais. Todavia o mercado Brasil - EUA mudou radicalmente nos anos 90. Antes somente a Pan Am e a VARIG dividiam o mercado. Em 1992 a Pan Am faliu e foi substituída pela American Airlines e as duas, em poucos tempo, tiveram que competir também com Transbrasil, Vasp, United, Continental e Delta. Como resultado o preço das passagens caiu e a ocupação das aeronaves também caiu, acabando com os lucros divididos somente entre VARIG e a finada Pan Am.
Em 1998 a Tam começou a voar para Miami com os seus moderníssimos Airbus A330 equipados com entretenimento individual em todas as classes e poltronas que reclinam 180º na classe executiva. A VARIG sabia que o MD-11 não era páreo e precisava de um novo avião intercontinental.
Em novembro de 2001 a VARIG recebeu o primeiro Boeing 777-200, a aeronave mais moderna da época. Finalmente a companhia tinha um avião capaz de competir de igual para igual com os A330 da Tam. No entanto os primeiros Boeing 777 começaram a operar em voos para Europa e bem depois substituíram o MD-11 na rota São Paulo - Nova York.
Em novembro de 2005 a Tam fez o seu primeiro voo São Paulo - Nova York com o A330. Naquela altura a VARIG já estava vivendo os seus últimos meses. Em junho de 2006 a VARIG cancelou por tempo indeterminado os seus voos para Nova York, porém a companhia nunca mais voltou a realizar um voo para o seu primeiro destino intercontinental.

domingo, 25 de outubro de 2015

Grupo Varig

Boeing 767-300ER na Varig

Boeing 767-300ER1989-2006


Com o sucesso do Boeing 767-200ER, a VARIG decidiu adquirir a versão maior, o Boeing 767-300ER. O primeiro Boeing 767-341ER chegou em 1987, seguido de mais três unidades encomendadas diretamente da fábrica da Boeing. Os B767-300ER operaram voos internacionais de menor demanda, entre o Rio de Janeiro, EUA e Europa, entre o Nordeste EUA e Europa e entre São Paulo e América do Sul. Além disso, eles também foram usados em algumas rotas domésticas de maior demanda e em fretamentos.
Em 1997 a frota de Boeing 767-300ER foi ampliada com o recebimento de mais dois exemplares. A VARIG chegou a operar um total de oito Boeing 767-300ER simultaneamente, em 2003, quando os Boeing 767-200ER foram desativados.
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Nº de unidades operadas10
ConstrutorThe Boeing Company, EUA
MotorDuas turbinas General Electric CF6-80C2B6F
Envergadura da asa47,57m
Comprimento54,90m
Altura16,14m
Velocidade de cruzeiro935Km/h
Alcance de vôo11.00Km
Altitude máxima de vôo12.800m
Peso máximo de decolagem181.436Kg
Tripulação técnica03 (2 pilotos, 1 Eng. vôo)
Lotação máxima290 passageiros
Lotação máxima (configuração VARIG)213-223 passageiros
Capacidade máxima de combustível61.800litros
Pista mínima para decolagem2.665m
Pista mínima para pouso1.813m

Boeing 767-241ER na Varig

Boeing 767-241ER1987-2003


No final da década de 80, a VARIG iniciou a renovação da frota com aeronaves de última geração Boeing 737-300 e Boeing 767-200. O primeiro Boeing 767-200ER (Extended Range), PP-VNN, começou a operar em março de 1987 nas linhas internacionais. Os B767-200ER da VARIG foram os primeiros a serem entregues com motores General Electric CF6-80C2B2, de avançada tecnologia, grande eficiência e menor consumo de combustível. Essas aeronaves são equipadas com o sistema FMSCS (Flight Management System). O FMSCS possui um banco de dados com todas as informações referentes a "performance" do avião e, quando necessário, são repassadas rapidamente à tripulação técnica.
Todos os seis Boeing 767-241ER foram entregues para a VARIG entre julho de agosto de 1987. Eles operavam principalmente em rotas internacionais para América Latina ou em fretamentos entre o Nordeste e Europa. Algumas das cidades servidas pelos B767-200ER foram Santiago, Lima, La Paz, Quito, Guayaquil, São José e Lisboa.
Em 2003 todos os Boeing 767-200ER foram devolvidos, sendo substituídos pelos Boeing 767-300ER e MD-11.
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Nº de unidades operadas06
ConstrutorThe Boeing Company, EUA
MotorDuas turbinas GE CF6-80C2B2 de 23.813 Kg de empuxo cada 52.500 libras de empuxo cada.
Envergadura da asa47,57m
Comprimento48,54m
Altura16,14m
Velocidade de cruzeiro935Km/h
Alcance de vôo8.500Km
Altitude máxima de vôo12.800m
Autonomia de vôo11h
Peso da aeronave vazia112.400Kg
Peso máximo de decolagem151.953Kg
Peso máximo de aterragem122.000Kg
Tripulação técnica03 (2 pilotos, 1 Eng. vôo)
Lotação máxima290 passageiros
Lotação máxima (configuração VARIG)193 passageiros
Capacidade máxima de combustível61.800litros
Consumo normal7.200litros/h
Capacidade máxima de carga13.000Kg
Pista mínima para decolagem2.665m
Pista mínima para pouso1.813m



Douglas DC-8-33 Na Varig

Douglas DC-8-33
1965-1978

Em 1965, quando a Panair do Brasil cessou suas atividades, coube a Varig assumir os serviços daquela empresa nas rotas para a Europa, bem como sua frota e funcionários. Dois DC-8, prefixos PP-PDS e PP-PEA operaram as rotas internacionais da Varig a partir de 15 de julho de 1965. Primeiramente os DC-8 voaram para Europa, nas linhas Rio de Janeiro - Lisboa - Paris - Londres, Rio de Janeiro - Lisboa - Paris - Frankfurt, Rio de Janeiro - Monróvia - Madrid - Roma - Beirute e Rio de Janeiro - Monróvia - Madrid - Roma -Milão.
Mais tarde o DC-8 passou a operar para os EUA, nas rotas Rio de Janeiro - Belém - Miami e Rio de Janeiro - Caracas - Miami.
O PP-PDS foi vendido e o PP-PDS sofreu um acidente em Monróvia no dia 4 de julho de 1967.

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Nº de unidades operadas02
ConstrutorDouglas Aircraft Company,Estados Unidos
MotorQuatro Pratt & Whitney JT4A-12 de 7.945 Kg de empuxo cada de 17.500 libras de empuxo cada
Envergadura da asa43,41m
Comprimento45,87m
Altura12,90m
Velocidade de cruzeiro950Km/h
Alcance de vôo9.605Km
Altitude máxima de vôo10.668m
Autonomia de vôo10h
Peso da aeronave vazia59.943Kg
Peso máximo de decolagem144.240Kg
Tripulação técnica05 (2 pilotos, 1 mec. vôo, 1 navegador e 1 rádio-telegrafista)
Lotação máxima149 passageiros
Capacidade máxima de combustível88.546 litros


Douglas DC-10-30 na Varig

Douglas DC-10-301974-2000

Em julho de 1974 os primeiros DC10-30, prefixos PP-VMA e PP-VMB, encomendados em novembro de 1972, começaram a operar as linhas internacionais da VARIG de longo curso. Foram os primeiros jatos "wide-body"(fuselagem larga) do Brasil. Essas aeronaves reuniam, na época, a mais sofisticada tecnologia em propulsão, aerodinâmica, estrutura, eletrônica de bordo e nos sistemas de controle de vôo, além de luxo e conforto. Pouco tempo depois, chegaram as outras duas unidades da encomenda original de quarto unidades, o PP-VNQ e PP-VMD. Os DC-10, juntamente com outras aeronaves "wide-body", operam as principias linhas internacionais de longo curso da VARIG durante as décadas de 70, 80 e 90. Junto com os DC-10, a VARIG lançou novos uniformes para as comissárias e uma nova decoração no interior das aeronaves, em tons de laranja e amarelo - seguindo a moda da época. O PP-VMB e PP-VMD foram vendidos em 1998 e o PP-VMA em 1999. O PP-VMQ voou pela VARIG durante toda a sua carreira, primeiramente transportando passageiros e depois carga. Foi desmontado em julho de 2002. O DC-10 começou a operar regularmente na VARIG no dia 24 de junho de 1974 na rota Rio de Janeiro - Lisboa - Frankfuert - Copenhague e na rota Rio de Janeiro - Nova York, no dia 1º de julho. Além de destinos de longa distância como Miami, Madrid, Milão, Zurique, Paris, Amsterdam, Porto, Londres e Roma, os DC-10 da VARIG também chegaram a operar na rota para Buenos Aires, ainda na década de 70. Nos anos 80 os DC-10 também passaram a operar em Tokyo, Los Angeles, Lima, Cidade do México, Panamá, Johanesburgo, Cidade do Cabo e Bogotá.
No dia 31 de julho de 1980 a VARIG recebeu o primeiro DC-10-30 da uma nova encomenda de seis unidades, o PP-VMT. Seguido do PP-VMU e PP-VMV em setembro e PP-VMW em novembro. Em 1981 chegaram o PP-VMY em abril e o PP-VMX em junho. Desse lote, o PP-VMT e PP-VMU voaram pela VARIG durante toda a sua carreira. O PP-VMW foi vendido em 1994 e o PP-VMV em 1999. Já o PP-VMX e PP-VMY foram e voltaram para a VARIG algumas vezes e saíram definitivamente da frota em 1999, quando foram vendidos.
No final da década de 80 a VARIG também começou a operar aeronaves DC-10 puramente cargueira, os DC-10-30F. Em 1994, o PP-VMD recebeu uma pintura especial relacionado a Copa do Mundo de Futebol e trouxe de volta a seleção brasileira tetracampeã.
Até o final da década de 90, todos os DC-10-30 para passageiros foram aposentados, restando apenas os cargueiros. Estes seguiram na frota da VARIG até o ano 2000, quando essas aeronaves foram repassadas para a VARIG LOG.
Outros DC-10 da VARIG:- Vindos da Air Canada: PP-VMO, PP-VMP (ambos devolvidos em 1980)
- Vindos da Singapore Airlines: PP-VMR (vendido em 1983), PP-VMS (vendido em 1992), PP-VMZ (vendido em 1992)
Configurações dos Douglas DC-10-30 da VARIG:A primeira configuração utilizada pela VARIG possuía apenas duas classes, com um total de 241 assentos (30 na primeira classe e 211 na classe econômica). Nos anos 80, a VARIG criou a sua "Classe Executiva" e então os DC-10 foram reconfigurados com três classes e um total de 232 assentos: 20 na primeira classe, 35 na classe executiva e 177 na classe econômica.
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Nº de unidades operadas15
ConstrutorMC Donell Douglas Corporation, Estados Unidos
MotorTrês turbinas GE CF6-50 de 22.861 Kg de empuxo cada 51.000 libras de empuxo cada.
Envergadura da asa50,42m
Comprimento55,17m
Altura17,86m
Velocidade de cruzeiro925Km/h
Alcance de vôo10.000Km
Altitude máxima de vôo12.800m
Autonomia de vôo13h 30min
Peso da aeronave vazia114.075Kg
Peso máximo de decolagem256.280Kg
Peso máximo de aterragem182.798Kg
Tripulação técnica03 (2 pilotos, 1 Eng. vôo)
Lotação máxima380 passageiros
Lotação máxima (configuração VARIG)256 passageiros
Capacidade máxima de combustível138.398litros
Consumo normal10.524litros/h
Capacidade máxima de carga45.722Kg
Pista mínima para decolagem3.200m
Pista mínima para pouso1.820m

Airbus A300B4 Na Varig

Airbus A300B4
1981-1990


O Airbus A300 é um avião "wide body" (fuselagem larga) projetado para curtas e médias distâncias. A VARIG operou duas aeronaves A300 de junho de 1981 a junho de 1990 em linhas domésticas e na América Latina. Além da VARIG, a Cruzeiro também operou duas unidades do A300. Essa aeronave era conhecida como "gigante silencioso", pois sua tecnologia acústica foi desenvolvida para minimizar os efeitos sonoros, bem como a poluição do ar. Isto em termos de Brasil foi muito significativo, já que a maioria de nossos aeroportos localizam-se dentro de perímetro urbanos. Com a aquisição do A300, a VARIG podia se gabar por operar os três wide body mais modernos e sofisticados da época: Airbus A300, Douglas DC-10 e Boeing 747.
Além da VARIG, a Cruzeiro do Sul também operou duas unidades em voos domésticos e para a América do Sul.
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Nº de unidades operadas02
ConstrutorAirbus Industrie, Toulose-França.(Sociedade européia constituída pela Deutsch Airbus GmbH, Aerospatiale, CASA. British Aerospace, Fokker-VFW e Belairbus)
MotorDuas turbinas GE CF6-50C2 de 23.813 Kg de empuxo cada 52.500 libras de empuxo cada.
Envergadura da asa44,84m
Comprimento53,62m
Altura16,53m
Velocidade de cruzeiro917Km/h
Alcance de vôo5.200Km
Altitude máxima de vôo12.192m
Autonomia de vôo06h
Peso da aeronave vazia127.000Kg
Peso máximo de decolagem165.000Kg
Peso máximo de aterragem134.000Kg
Tripulação técnica03(2 pilotos e 1 rádio-telegrafista)
Lotação máxima345 passageiros
Lotação máxima (configuração VARIG)234 passageiros
Capacidade máxima de combustível56.600litros
Consumo normal7.200litros/h
Pista mínima para decolagem2.665m
Pista mínima para pouso1.820m

sábado, 17 de outubro de 2015

McDonnell Douglas MD-11

McDonnell Douglas MD-11
1991-2006


  
A VARIG foi a primeira empresa da América Latina a operar aeronaves MD-11 em novembro de 1991. Esses aviões, de última geração, começaram a voar as rotas São Paulo-Rio-Paris e Amsterdã. A Cabine do MD-11 é totalmente computadorizada, com painéis em sistemas digitais. O sistema de navegação é por giroscópio a "laser", tal a sofisticação. O MD-11 traz aletas nas pontas das asas reduzindo o atrito aerodinâmico e economizando cerca de 15% de combustível. Os dois primeiros MD-11, PP-VOP e PP-VOQ foram oficialmente entregues a Varig a 12 de novembro de 1991. A partir de então o MD-11 se tornou a principal aeronave da VARIG para voos internacionais de longa distância. O MD-11 da VARIG oferecia alto nível de conforto e segurança para seus passageiros. Além de operar para América do Norte, Europa e Ásia, o MD-11 também chegou operar nas rotas para América do Sul e rotas domésticas de maior demanda.
Em 2005 a VARIG LOG, subsidiária cargueira, se tornou a primeira companhia da América Latina a operar um MD-11 totalmente cargueiro, conhecido como MD-11F.

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Configurações do MD-11 da VARIG:
285 assentos
Primeira Classe: 
6 assentos (2+2+2 assentos por fileira)
Classe Executiva:
 49 assentos (2+3+2 assentos por fileira)
Classe Econômica:
 230 assentos (2+4+3 assentos por fileira)
282 assentos
Primeira Classe: 
4 assentos (2+2+2 assentos por fileira)
Classe Executiva:
 49 assentos (2+3+2 assentos por fileira)
Classe Econômica:
 229 assentos (2+4+3 assentos por fileira)
264 assentos
Primeira Classe: 
4 assentos (1+2+1 assentos por fileira)
Classe Executiva:
 49 assentos (2+3+2 assentos por fileira)
Classe Econômica:
 211 assentos (2+4+3 assentos por fileira)
241 assentos
Primeira Classe: 
12 assentos (1+2+1 assentos por fileira)
Classe Executiva:
 49 assentos (2+3+2 assentos por fileira)
Classe Econômica:
 180 assentos (2+4+3 assentos por fileira)
Outras configurações em três classes: 293 ou 271

Nº de unidades operadas26
ConstrutorMCDONNEL DOUGLAS Aircraft Company, Estados Unidos
MotorTrês turbinas GE CF6-80C2 D1F de 27.528 Kg de empuxo cada 61.500 libras de empuxo cada.
Envergadura da asa51,76m
Comprimento61,37m
Altura17,60m
Velocidade de cruzeiro930Km/h
Alcance de vôo12.842Km
Altitude máxima de vôo13.160m
Autonomia de vôo14h.
Peso da aeronave vazia127.845Kg
Peso máximo de decolagem280.320Kg
Peso Máximo de aterragem199.581Kg
Tripulação técnica02(2 pilotos)
Lotação máxima380 passageiros
Lotação máxima (configuração VARIG)285 passageiros
Capacidade máxima de combustível145.124litros
Consumo normal9.615litros/h
Capacidade máxima de carga52.172Kg
Pista mínima para decolagem2.800m
Pista mínima para pouso1.800m