MAGAZINE SOUJAR

domingo, 29 de abril de 2012

757 VARIG EM POA


O Boeing 757-256 (PT-VTT) da Varig, fotografado no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, RS. (Foto: Tsuyoshi Hayasaki / Cavok)
Boeing 757-256 (PT-VTT) que operou pela companhia aérea Varig, aqui fotografada a noite, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O fotógrafo e amigo Tsuyoshi Hayasaki fez o registro do 757 da Varig em setembro de 2005, quando a companhia aérea tinha em operação quatro aeronaves.
O primeiro Boeing 757 da VARIG começou a voar na Varig no dia 29 de setembro de 2004, na rota Buenos Aires/São Paulo/Lima. Já a segunda aeronave desse tipo – que chegou ao Rio de Janeiro mesmo período – iniciou as operações na rota Rio/São
Paulo/Caracas/Aruba a partir de 10 de outubro de 2004.
A VARIG foi a primeira empresa a ter este modelo da Boeing no Brasil. Com capacidade para 176 passageiros – 20 na Executiva e 156 na Econômica – o Boeing 757 substituiu o Boeing 737-800, de 154 assentos, na rota Buenos Aires/São Paulo/Lima.
Atualmente esse tipo de aeronave somente opera na companhia aérea brasileira de carga VarigLog, que possui 5 unidades em operação, com mais duas encomendadas, uma dessas que recentemente chegou ao Brasil.

sábado, 14 de abril de 2012

OS MD 80 NAS CORES DA CRUZEIRO


Durante os anos 60, surgiu um avião que se tornou bem comum entre os operadores, o Douglas DC9, em suas séries -10, -20, -30, -40, -50. Famoso na Europa e América do Norte, não chegou ao Brasil. Houve a intenção da VASP em ter DC9, antes mesmo de ter os 737, mas não se concretizou.
No final dos anos 70, surgiu o DC9 Super 80, que posteriormente se chamaria MD80 ou pela sua variante (MD81, MD82, MD83, MD87, MD88). Novamente o avião não compôs nenhuma frota nacional, até que em 1982, a McDonnel Douglas tinha alguns MD80 parados e ofereceu então uma unidade para testes na CRUZEIRO DO SUL e assim apareceu o PP-CJM, o primeiro MD da série a operar em terras nacionais.
O avião voou no Brasil entre Dezembro de 1982 até Março de 1983, com 155 assentos, conforto superior em alguns aspectos aos 737 e 727. Originalmente encomendado pela AEROMEXICO, o avião possuia a parte superior da fuselagem em metal polido, diferenciando-o do restante da frota da CRUZEIRO.
Na fase de adaptação do avião à frota, os brasileiros acabaram fazendo história no simulador nos Estados Unidos, pois os americanos avisavam com destaque de que uma pane introduzida no simulador faria um por um dos pilotos cairem durante os vôos de treinamento, porém os excelentes pilotos da CRUZEIRO, um por um, foram para suas sessões de teste sem passar por nenhum problema.
O avião ficou pronto, com pintura completa da CRUZEIRO (exceção da parte superior em metal polido). O único ponto negativo notado no avião era a pequena capacidade dos porões em razão da grande quantidade de passageiros. O MD82 da CRUZEIRO levava 155 paxs, contra 152 dos Boeing 727 Super 200 da VASP.
o PP-CJM começou a voar, operando principalmente a partir de Congonhas para rotas até Curitiba, Porto Alegre, Buenos Aires, Brasilia, Recife, Fortaleza, Belém e Manaus. Sua passagem na CRUZEIRO foi positiva, com raros atrasos ou problemas técnicos. Então o grupo decidiu comprar seis unidades para a frota da CRUZEIRO, mas uma variação brusca do câmbio abortou os planos. Com a devolução do PP-CJM, jamais um DC9/MD80 operou em favor de uma empresa Brasileira. Mas não deixou de ser uma figura comum em nossos aeroportos.
Na Argentina o MD80 foi e é, operado pela AEROLINEAS ARGENTINAS e AUSTRAL além de outros operadores charters como a DINAR, ANDES e LEAL (FlyAmerica). A Aerolineas atuou com o Mad Dog em vôos regulares e charters envolvendo Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Porto Seguro e Porto Alegre.
Coube à Dinar utilizar o avião massivamente de 1997 até 2002 quando do seu desaparecimento, principalmente em Florianópolis, Porto Seguro, Salvador, Maceió e Cabo Frio. A Dinar também utilizou o DC9 em suas variantes -34 e -41 nos seus vôos para FLN e Bahia. Os MD80 da Dinar eram oriundos de arrendamentos da AUSTRIAN AIRLINES, CROSSAIR e até AEROLLOYD.
A companhia adquiriu de forma fixa para sua frota 2 unidades, uma MD81 matriculada LV-WTY e outra MD82 matriculada LV-ZSU. Estes aviões foram bem presentes no país vizinho, onde é avião amado e idolatrado, com proximidade em fama e prestígio naquela republica tanto quanto o Boeing 737-200. Durante minha carreira, tive oportunidade de trabalhar enquanto agente e supervisor de aeroporto com os MD80 da Dinar e os DC9, eram aviões práticos para o handling pela sua altura em relação ao solo, a escada ventral, que dava uma dinâmica muito boa para os processos de embarque, principalmente em aeroportos desprovidos de pontes de embarque. Seus motores PW JT8-217 eram mais silenciosos que os 737-200 operando por aí, mas de barulho igualmente gostoso de se ouvir.
Quanto ao ímpar PP-CJM, segue o histórico de vida dele:
MSN 419419 LN 1086
Primeiro vôo em 16 de Setembro de 1982 registrado N1005V.

Operou na CRUZEIRO como PP-CJM entre 08DEZ1982 até 13MAR1983 quando foi devolvido para McDonnell Douglas e nesta ficou até 28DEZ1983 registrado N501MD quando foi arrendado como N505MD para a AEROMEXICO. Em 22DEZ1992 foi registrado como XA-SFM pela propria AEROMEXICO, trocou de matricula mais uma vez em 05MAI1995 e assim voou até ser estocado em Junho de 2006 e encaminhado para o desmanche.
Escrito por , Arquivado em Artigos e Curiosidades

A HISTORIA DOS A 300 NO BRASIL


Durante a década de 80 era possível ver em diversos aeroportos do país sete aeronaves AIRBUS A300 em operação pela VASP (3), CRUZEIRO (2) e VARIG (2). Nestes saudosos tempos o AIRBUS era um avião incomum em um país cuja frota predominante era Boeing.
Foi o AIRBUS A300 o primeiro birreator widebody da história da aviação comercial. Seu conceito era atuar em rotas curtas de até 1.200 milhas com 300 passageiros e apenas dois motores a despeito da sua fuselagem de 2 corredores.
Em 28 de Outubro de 1972 o Airbus A300 levantou vôo pela primeira vez em Toulouse, fato este na época ignorado pelos Americanos, afinal era a Airbus uma salada, vários países, idiomas e medidas diferentes em um fabricante só. Para os americanos, seria mais um fracasso comercial, principalmente porque os primeiros clientes foram Lufthansa e Air France, “incentivados” por seus governos (acionistas da Airbus) em comprar os A300. Com 16 aeronaves no pátio, sem compradores, a Airbus promoveu o nascimento do termo white tail. Posteriormente o A300 passaria a ter mais encomendas e os aviões brancos desapareceriam do pátio da Airbus.
A primeira aparição aqui no Brasil ocorreu durante um Salão Aeroespacial, ainda como protótipo, registro F-OCAZ. Bernard Ziegler, piloto de provas da Airbus cedeu o assento da esquerda do cockpit do grande jato branco com listras alaranjadas a ninguem menos que Omar Fontana, presidente da TRANSBRASIL.
Após 2 horas de experiência, Omar desceu da aeronave disposto a ver um par dos avançados aviões europeus com cores da Transbrasil e semanas depois foi a Toulouse, a Airbus havia oferecido uma proposta irrecusável, mas em tempos bicudos e de favorecimentos na Aviação Comercial Brasileira, o A300 na TRANSBRASIL não passou de um sonho do visionário Omar Fontana.
O avião entrou em operação pela Air France em 23 de Maio de 1974 e foi sucesso na Europa, ainda que mantendo o tímido desempenho de vendas.
Mas se a TRANSBRASIL sofreu com forças ocultas, a Airbus chegaria ao Brasil em 27 de Abril de 1979 quando a CRUZEIRO DO SUL (leia-se VARIG) encomendou um par de Airbus A300B4 (com maior payload, mtow e alcance), sem tropeços em executar suas intenções. Chegaram ao Brasil em 20 e 26 de Junho de 1980, e efetuaram treinamentos práticos de suas tripulação em pleno Aeroporto de Congonhas.
Após breve período de homologação, o A300 entrou com sucesso em rotas CRUZEIRO pela América do Sul e sua aceitação perante tripulações e passageiros levaram logo a uma elite em seus serviços que incluíam as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Manaus, Miami e Buenos Aires…. mas peraí, Miami era um destino VARIG e logo as autoridades americanas lembraram a VARIG que a rota era VARIG e não CRUZEIRO, assim os dois A300 remanescentes confirmados em final de 1980, que seriam matriculados PP-CLC, PP-CLD, vieram ao Brasil em cores VARIG como PP-VND e PP-VNE chegando em 3 de Junho de 1981 e 23 de Junho de 1982.
Um pouco antes disso, em 3 de Outubro de 1980, a VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO – VASP, partiu para a aquisição de 3 A300B4 e mais 9 A310-300 para seu plano de frota, logo as autoridades (forças ocultas) interferiram e a VASP foi autorizada a trazer o A300B2, que chegaram em 5 e 8 de Novembro de 1982, o terceiro chegaria em 31 de Janeiro de 1983 (este ano de 83 era especial pois marcava os 50 anos da VASP).
A introdução dos A300 (até então maior avião da história da VASP) trouxe uma nova identidade visual para a companhia paulista. A VASP aplicou seus A300 em rotas circulares que ligavam São Paulo à São Paulo com uma aeronave efetuando CGH-BSB-MAO e a outra CGH-GIG-SSA-REC-FOR-BEL-MAO. Proporcionaram a VASP atender a Aruba e Orlando em vôos charters e posteriormente se tornou o avião espinha-dorsal para complementar a frota de 737-200 e 727-200 da companhia.
A CRUZEIRO e VARIG muito satisfeitas com o equipamento, viram o nascer do Aeroporto de Guarulhos, perdendo assim o A300 o seu maior atributo que era a performance em pistas curtas, logo a Boeing sedenta por ver seu grande cliente operar os 767-200 (que desde 1983 eram sucesso na TRANSBRASIL) acabou por convencer a VARIG a desativar os A300, o que veio a ocorrer em 1989 e 1990.
Os aviões da CRUZEIRO foram para Air Jamaica (PP-CLA) e JAS – Japan Air System (PP-CLB) e os da VARIG o mesmo caminho com o VND indo para Jamaica e o VNE para o Japão. Até 1996 a Air Jamaica utilizou os aviões Brasileiros, e até 2003 a JAS utilizaram suas unidades que ainda foram para a charteira turca Fly Air até serem desativados.
Ficou em atividade no Brasil o trio da VASP, que permaneceram como estrelas da companhia até 1991 quando a VASP trouxe os DC10-30 e logo depois os MD11, ainda que os A300 continuassem a explorar serviços internacionais como Buenos Aires e Aruba.
A VASP iniciou sua derrocada em 2000, sem MD11, sem DC10, e os A300 se firmaram em trechos de grande densidade, ajudando a empresa a permanecer no ar com os cansados 737-200. Mas a depreciação da frota e da empresa paulista era veloz e em 2001 parou o PP-SNL, o primeiro widebody da VASP, hangarado em CGH iniciou um Check D, mas suas peças mantinham o SNM e SNN em vôo.
O par de A300 remanescentes voava POA-GRU-GIG-SSA-REC-FOR e GRU-SSA-REC-FOR. Por vezes o serviço foi modificado para GRU-REC-FOR pela madrugada.
Em uma tarde de verão, o PP-SNN ao decolar de Recife cumprindo mais um VP4195 estourou o motor, deixando a malha com apenas um A300, se fez necessário na época parar o PP-SNM, retirar um motor, enviar a REC, trazer o SNN para CGH onde ficou estocado alguns meses até a VASP reparar o motor danificado. Mas 2004 não perdoou e o PP-SNN parou para Check C, ficando apenas o SNM em operação até que uma pane de alta temperatura em seu motor #2, o parou em GRU.
O check C do SNN estava próximo de concluir quando a VASP sofreu a perda de 6 Boeing 737-200 por parte do DAC (Atual ANAC). Resultado: Em crise severa a VASP jamais concluiu serviços no SNN e SNM, ficando estes aviões desativados a partir do meio de 2004, pendurada em uma reduzida frota de 737-200, a VASP pararia de voar em Janeiro de 2005.

PP-SNN em seus últimos dias © Lito
Hoje o esqueleto do PP-SNL, e os restos de um PP-SNN mostram uma triste finalização da história dos A300 no Brasil, e o PP-SNM abandonado em uma área remota de Guarulhos, aguardam o dia em que o machado desmontará estas fantásticas máquinas, capazes de encantar passageiros, mecânicos, comandantes e comissárias.

PP-SNL em seu miserável fim - © Lito
Quem nunca parou para observar aquela imensa aeronave bimotora com 240 passageiros e um som único e inconfundível no taxi, que apenas um par de CF6-50 era capaz de emitir.
O A300 ao lado do 767-200 da Transbrasil foi por muito tempo a chance de se voar “doméstico” em alto nível visto apenas em vôos internacionais.

sábado, 7 de abril de 2012

O BOEING 727 NA VARIG/VARIGLOG


A Varig foi a primeira operadora brasileira do Boeing 727, recebendo seus aviões já no ano de 1970, chegando depois a ter 10 aeronaves do tipo em 1990, além de posteriormente transformar vários de seus 727 em cargueiros. A encomenda inicial da empresa em 1970 foi de quatro 727-041 e depois, além de outras unidades, a empresa também agregou ao grupo Varig, os aviões ds Cruzeiro, que incluiam Boeing's 727. Além da operação de passageiros, a empresa também usou seus 727 como cargueiros (PP-VLD/E/G/S/V/W). Os aviões PP-VLE/S/W já foram adquiridos pela empresa (de segunda-mão) convertidos para cargueiros e os demais, foram convertidos após operação na empresa, os últimos em 1989. É importante salientar que vários 727 foram convertidos mais de uma vez na configuração entre carga/passageiros e vice-versa, durante sua vida operacional na Varig, onde até 1974 os 727 de carga não ostentavam nenhuma marcação especial. Após este ano, porém, foi adicionada próximo da cauda, a inscrição CARGA em letras grandes e vermelhas. A empresa passou-se, em 2000, a chamar-se VarigLog e seguiu operando as 5 unidades de 727-100F que eram da Varig, arrendando da Pegasus Aviation em 2000, dois dos 727-200F desativados pelaVaspex, o PP-SFE e o PP-SFF, ambos retomados por falta de pagamento. Estes foram os primeiros 727-200 a ser operados pela empresa gaúcha, voando com os prefixos PP-VQU e PP-VQV. Em 2001, após os bons resultados da empresa (que opera também três DC-10-30F) decidiu-se pela incorporação de mais 727-200F, o que se confirmou com a chegada em agosto de 2002 do 727-2A1F (um legítimo 727 fabricado para a Vasp, serial 21341, PP-SNE) de prefixo N213UP, vindo da UPS, equipado com hushkit e com o prefixo PR-LGB. Outro 727-2A1F (também ex-Vasp, serial 21342, PP-SNF), vindo da frota da UPS, prefixo N214UP, já foi recebido e opera com o prefixo brasileiro PR-LGC. Após o incidente ocorrido em 18 de março de 2002 que retirou de operação o PP-VLV, comentou-se que era iminente a chegada de mais modelos 200 para substituir os modelos 100 (o que não ocorreu). Atualmente, formalmente nenhum 727-100 opera na empresa, mas eventualmente, o PP-VLS e o PP-VLE, que ainda constam na frota, fazem vôos. O PP-VLS, por exemplo, foi visto operando em Salvador na noite de 06 de dezembro de 2006. 




Prefixo
Serial/Line #
Modelo
Entrega
Observações
PP-VLA
20422 (0803)
727-41
10/10/70
Ver PP-VLF
PP-VLB
20423 (0810)
727-41
10/10/70
Ver PP-VLG
PP-VLD
20425 (0824)
727-41
23/10/70
Desativada
PP-VLE
19666 (0480)
727-172C
23/10/67
Fora de Uso - POA
PP-VLF
20422 (0803)
727-41
10/10/70
Desativada
PP-VLG
20423 (0810)
727-41
10/10/70
Desativada
PP-VLH
20424 (0817)
727-41
16/10/70
Desativada
PP-VLQ
19595 (0467)
727-95
27/09/67
Desativada
PP-VLR
19596 (0479)
727-95
23/10/70
Desativada
PP-VLS
19508 (0457)
727-173C
22/09/67
Fora de Uso - POA
PP-VLT
19250 (0313)
727-95
16/09/66
Desativada
PP-VLV
19009 (0374)
727-30C
06/03/67
Acidentado
PP-VLW
19507 (0449)
727-173C
06/09/67
Desativada
PP-VQU
22166 (1725)
727-243 (A) (F)
17/03/81
Em Operação
PP-VQV
20880 (1037)
727-2J7 (A) (F)
07/11/74
Em Operação
PR-LGB
21341 (1253)
727-2A1 (A) (F)
19/04/77
Em Operação
PR-LGC
21342 (1256)
727-2A1 (A) (F)
29/04/77
Em Operação

domingo, 1 de abril de 2012

VARIG PP VNC ele Continua Voando

Após anos voando nas cores da Pioneira , o ex PP-VNC esta na carga operado pela Southern Air. 

Apos voar pela pioneira e pela Air Hong Kong, foi encostado no deserto de Mojave, de vez enquando da as caras em Manaus.