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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Leilão de sucata da Varig fica abaixo do preço mínimo e arrecada R$ 153 mil

Leilão de sucata da Varig fica abaixo do preço mínimo e arrecada R$ 153 mil
Do UOL, em São Paulo

O leilão de sucata de seis aviões da Varig arrecadou R$ 153 mil nesta quinta-feira (29), valor abaixo do esperado. A ideia era de ter lance mínimo de R$ 30 mil, valor de avaliação de cada aeronave, mas os lances começaram pela menor oferta, no valor de R$ 15 mil.

Dois aviões que estavam no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), foram os mais disputados e vendidos com os melhores preços: R$ 48 mil e R$ 44 mil.

Avião Boeing 707 da Varig. A Varig encerrou suas operações em 2006 Folhapress

Outras quatro aeronaves estavam no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio (RJ). Uma delas foi arrematada por R$ 16 mil e as outras três, por R$ 15 mil cada.

Uma sétima aeronave também deveria ter sido vendida, mas foi excluída da negociação no início do leilão.

Todos os aviões já têm laudo de perecimento da Agência Nacional de Avião Civil (ANAC), o que impede até mesmo o reaproveitamento das peças.

O leiloeiro Luiz Tenório de Paula explicou que as aeronaves que estão no Rio são menores e, por isso, não tiveram tantos interessados. Ele acredita que os compradores usarão as sucatas na indústria de metalurgia para produção de outros bens, em exposição ou para fins turísticos, usando o material como temas para eventos, bares e restaurantes.

O dinheiro arrecadado com o leilão da massa falida da Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas deve ser usado para pagar ex-funcionários que continuaram trabalhando depois da falência e fornecedores, além de credores com garantia real, como o Aerus Fundo Previdenciário.

O leilão é resultado do programa Espaço Livre - Aeroportos, da Corregedoria Nacional de Justiça, que busca remover dos aeroportos os aviões que estejam vinculados às massas falidas de empresas aéreas ou que tiverem sido apreendidos em processos criminais, principalmente por tráfico de drogas.

Segundo o presidente da comissão executiva do programa Espaço Livre e juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Marlos Melek, depois dos aviões da Varig no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, o próximo alvo será o aeroporto de Manaus.

(Com informações da agência CNJ)