MAGAZINE SOUJAR

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Trajetória trágica do PT SSI


Avião fazia o voo Rio de Janeiro-BH e realizou um pouso forçado no aeroporto de Confins. No momento da aterrissagem o trem de pouso se recolheu e provocou o impacto do motor contra o solo. Os passageiros e tripulantes tiveram que deixar o avião pela saída de emergência



O avião que caiu no domingo no aeroporto de Kazan, na Rússia, havia pertencido durante 23 anos a sete companhias aéreas, entre elas a Rio Sul, com a qual sofreu um grave acidente no Brasil em 2001, segundo a imprensa. 

A Boeing 737-500, procedente de Moscou, caiu no domingo à noite no aeroporto de Kazan e pegou fogo. Os 44 passageiros e seis membros da tripulação morreram no acidente.

A aeronave da companhia russa Tatarstan, que fez o primeiro voo em 1990, teve como primeiro proprietário a companhia aérea francesa Euralair Horizons, que fechou em 2005, e a Air France durante três anos, segundo o site AirFleets.fr.

Passou então ao controle da Uganda Airlines durante quase cinco anos e depois, durante três anos, pertenceu à brasileira Rio Sul. Depois passou pela romena Blue Air e pela Bulgaria Air, antes de ser adquirida pela russa Tatarstan.


Em dezembro de 2001, quando pertencia à Rio Sul, sofreu um grave acidente durante o pouso no aeroporto de Confins, na Gramde BH, que não provocou vítimas, segundo a agência Itar-Tass, que cita a imprensa brasileira.

Sob forte chuva, o avião, que transportava 108 pessoas, tocou no solo antes da pista, subiu e voltou a cair brutalmente na pista, quando parte do trem de pouso quebrou. A aeronave deslizou sobre o motor situado na asa esquerda durante 1,7 km antes de parar. O avião passou por profundos reparos antes de voltar a ser colocado em serviço.

Suposto Vídeo mostra momento em que avião cai na Rússia



Um vídeo publicado no Youtube pelo site russo Life News mostra o suposto momento em que o avião que caiu,  no aeroporto de Kazan, na Rússia, mata 50 pessoas. 

As imagens foram feitas por uma câmera do local e pelo que parece, o avião caiu de forma perpendicular ao chão quando se aproximava para pousar.

A Boeing 737-500, que fazia a viagem entre Moscou e a cidade de Kazan, caiu no aeroporto às 19h25 locais (13h25 no horário de Brasília). A aeronave fez duas tentativas de pouso, mas explodiu com o impacto, matando todos os 44 passageiros e os seis tripulantes a bordo. O voo era operado pela companhia aérea regional Tatarstan.

A porta-voz do Ministério russo das Situações de Emergência, Irina Rosious, afirmou que não havia crianças entre os passageiros. O primeiro registro, divulgado pelo escritório local do ministério, citava 44 mortos. De acordo com o comitê de investigação russo, a aeronave “caiu na pista de pouso e pegou fogo”, em meio a fortes ventos e a uma tempestade de raios. As temperaturas estavam abaixo de zero.

O Boeing em chamas logo explodiu, disse uma fonte da polícia local, citada pela agência de imprensa Itar-Tass. "A causa do acidente por enquanto é desconhecida”, disse Sergei Izvolsky, porta-voz da agência de supervisão da aviação. O avião tinha 23 anos.

O presidente russo, Vladimir Putin, “expressou suas condolências aos familiares das vítimas desta terrível catástrofe” e ordenou a formação de uma comissão governamental para investigar suas causas, declarou seu porta-voz, Dmitri Peskov, citado pela agência Interfax. Vários investigadores foram mobilizados para o local do acidente, acrescentou o comitê. As análises devem determinar se houve "violação das regras de segurança aérea", informou o comitê de investigação.

A Rússia e as antigas repúblicas soviéticas combinadas tiveram um dos piores registros de segurança de tráfego aéreo do mundo em 2011, com uma taxa de acidentes total de quase três vezes a média mundial, de acordo com a International Air Transport Association (Iata). 

Há 23 anos atrás, a Boeing 737-500 já havia sofrido um grave acidente em Confins, Belo Horizonte, no ano de 2001.




Pouso Forçado

Aquela manhã do dia 3 de agosto de 1971 foi diferente de todas as outras manhãs vividas pelos gaúchos da Capital. Apreensão, medo, suspense, lágrimas e, principalmente, expectativa foram emoções sentidas pela população por mais de seis horas. O repórter Otálio Camargo ligou do Aeroporto Salgado Filho para informar a redação de ZH e a Rádio Gaúcha que o avião Avro da Varig, prefixo PP-VDV – que decolara às 7h30min de Porto Alegre para Bagé e Livramento, com 14 passageiros e quatro tripulantes –, tinha problemas e estava retornando para tentar um pouso de emergência.
Logo após a subida, o comandante, ao recolher o trem de pouso dianteiro, foi alertado pela luz vermelha do painel da aeronave: algo não ia bem. Tentou mais uma vez, e nada. Voltar, pousando sem as rodas do nariz do aparelho, era o que restava. Ele avisou a torre de controle: sobrevoaria a cidade até consumir todo o combustível, para aumentar a segurança, e tentaria a aterrizagem por volta das 13h. O serviço de radioescuta da Gaúcha colocou no ar os diálogos do comandante Paulo Survilla (então com 33 anos) com a torre.
A cada hora, aumentava mais a tensão e a presença de bombeiros, ambulâncias, jornalistas, parentes e populares dentro e fora da estação de passageiros.

Fotos: Lamas e Nagassawa, BD, 3/8/1971
Lá pelas tantas, o avião apareceu no céu e iniciou a aproximação: “Porto Alegre… O delta vitor está dentro da dois oito…”
As rodas das asas, devidamente abaixadas, tocaram suavemente o solo. Enquanto deslizava, o avião levantou a cauda e começou a raspar a fuselagem dianteira no chão, sulcando a pista. Foi parando aos poucos.
O silêncio deu lugar a gritos de alegria e salvas de palmas ao comandante herói.

O comandante Paulo Survilla

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PP SMA já tem novo dono

Boeing 737 abandonado em Confins já tem novo dono

Avião histórico foi arrematado em um leilão por um empresário de Belo Horizonte, que promete preservar a história da Vasp e deixar a aeronave aberta ao público


Marcello Oliveira - Portal Vrum
Publicação: 12/11/2013 16:40 Atualização: 12/11/2013 17:27

O Boeing 737-200 estacionado desde 2004 em uma área remota do Aeroporto de Confins já tem um novo dono. A aeronave, fabricada em 1969, foi arrematada por R$ 92 mil em um leilão no dia 30 de outubro. A reportagem do Vrum conversou com o vencedor do leilão, um empresário de Belo Horizonte que preferiu não se identificar e nem informar a finalidade da compra do Boeing.




O comprador, sócio em um grupo empresarial do ramo hoteleiro e imobiliário em Minas, disse que, em breve, a aeronave será exposta ao público e que ele faz questão de preservar a memória do PP-SMA, prefixo do Boeing, que foi o primeiro 737 a voar na América Latina e recordista por voar mais tempo em uma única companhia aérea. O novo dono do avião informou que, por causa da importância histórica desta unidade, a Boeing entrou em contato com ele fazendo uma excelente oferta para comprá-la e levá-la para o museu dela em Seattle, nos Estados Unidos, além de oferecer um outro avião semelhante na troca pelo PP-SMA, mas a oferta foi recusada.

Poltronas em couro foram preservadas (Skyliner-aviation.de/Divulgação)
Poltronas em couro foram preservadas
Apesar do precário estado de conservação da fuselagem, o interior da cabine principal se manteve praticamente intacto, com as poltronas em couro e revestimentos em bom estado. Já na cabine de comando, faltam diversos equipamentos, mas que o empresário já está providenciando para deixar o cockpit original. Como o avião não ostenta mais as turbinas acopladas às asas, o vencedor do leilão disse que irá colocar as carenagens para que a aparência externa seja idêntica a de um avião ainda em operação.

O empresário pretende pintar o avião novamente com as cores da Vasp, no mesmo esquema de quando ela deixou de operar, para isso, está buscando uma autorização para usar a marca da companhia aérea, que teve a falência confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em junho de 2013. O investimento somente na reforma da aeronave é de cerca de R$ 90 mil, mas os valores para o desmonte e translado da aeronave não foram revelados.
Faltam vários equipamentos na cabine de comando (Skyliner-aviation.de/Divulgação)
Faltam vários equipamentos na cabine de comando

O Boeing deverá deixar o Aeroporto de Confins em no máximo 30 dias, segundo o comprador e a logística já vem sendo estudada com as autoridades de trânsito e com a Infraero. "Temos algumas ideias legais, mas no momento não vamos revelar, mas os admiradores da aviação irão gostar", disse o comprador em tom misterioso.
 (Maria Tereza Correia/EM/D.A PRESS)

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

737 Sinônimo de avião

É comum alguém falar que um BOEING ou um TECO-TECO no Brasil são sinônimos de avião. Vou falar sobre o 737, o avião que é sinônimo de transporte aéreo comercial no Brasil.
Boeing 737-200
Boeing 737-200
Sua história no país remonta a 1969 quando a VASP converteu uma encomenda de Boeing 727-200 para 4 Boeing 737-200, o que viria s ser a entrada definitiva na era “a jato” da estatal paulista, pioneira em muitos fatos da nossa aviação. E foi assim que em 21 de Julho de 1969 com um rasante coletivo sobre Congonhas eram apresentados PP-SMA, PP-SMB, PP-SMC e PP-SMD, os primeiros Boeing 737 da América Latina. Mais tarde em 1974 a VARIG receberia suas unidades e por fim em 1975 a CRUZEIROreceberia os seus seis 737-200. A essa altura a Boeing havia desenvolvido uma versão melhorada, inclusive com “pitacos” da VASP, surgindo assim o 737-200 ADVANCED, que por marketing a VARIG/CRUZEIRO chamavam de SUPER ADVANCED, uma versão superior que nunca existiu de verdade.
A FORÇA AÉREA BRASILEIRA recebeu 2 737-200, designados VC-96, cujos slots de fabricação originalmente eram da VASP e foram repassados à FAB. A TRANSBRASIL e demais operadoras da época não tiveram o 737-200 em suas frotas.
Boeing 737-300, a evolução
Boeing 737-300, a evolução
A década de 80 entrou com a presença massiva de 727 e 737 nas rotas domésticas, até que em 1986 a VASP mais uma vez pioneira apresentou o PP-SNS, primeiro 737-300 de sua frota, seguida da TRANSBRASIL que ao receber o PT-TEA, PT-TEB e PT-TEC, designou o avião como BABY BOEING em alusão a ser o irmão menor do 767-200. As duas companhias saíam na frente das demais ao operar os 737-300.
A VASP o usou para chegar a um meio termo entre o 727-200 e o 737-200 em suas rotas, inclusive se desfazendo do primeiro tipo. A TRANSBRASIL aposentou os 727-100, substituindo-os pelos 737-300 e por fim a VARIG realizou uma grande encomenda do tipo, recebendo a partir de 1987.
Em 1989 a TRANSBRASIL seria a pioneira em trazer uma versão maior e configurada para 158 passageiros, o 737-400, cuja tripulação, manutenção e grande parte do suprimento técnico era comum ao 737-300. A VASP durante a época de expansão de 1991 trouxe 737-400 (PP-SOJ, PP-SOH, PP-SOI) e por fim a VARIG operou o tipo em duas fases, mas já depois de 2000.
Boeing 737-500
Boeing 737-500
Coube a RIO-SUL trazer em 1992 a menor versão do 737 CLASSIC como são conhecidos os -300, -400 e -500, assim o PT-SLN foi o primeiro 737-500 do país e foi um tipo bem comum. Em 1998 a VARIG recebeu a primeira unidade do 737NG, mais precisamente um 737-700 matriculado PP-VQA. Com o surgimento da GOL em 2001 uma frota de 737NG se fez presente no país, e um detalhe: lembram do SMA, SMB, SMC, SMD? Pois bem, os três primeiros seguiam em atividade pela VASP, bem como parte dos 737-200 da VARIG/CRUZEIRO, competindo diretamente com os NG.
Boeing 737-800 NG
Boeing 737-800 NG
A família NG se destacou no país, se tornando sinônimo da GOL, que foi e ainda é sua maior operadora. A VARIG introduziu em 2001 os 737-800 com winglets, os primeiros a aparecerem no país. Enquanto isso, outros operadores nacionais do avião mais vendido da Boeing iam surgindo, como TAF (737-200 de carga e pax), RICO (737-200 de paxs), ATA BRASIL (737-200 misto), BRA (737-300 e -400 de passageiros) e WEBJET (737-300 de passageiros).
Nordeste já sob gestão da RIO-SUL operou os 737-500 em suas rotas. Com o fim da B.R.A, os 737-300 foram operados em curto tempo pela OceanAir, além de uma unidade operada pela PUMA AIR encerrando assim a lista de operadores nacionais dos 737.
Boeing 737-800 Gol
Boeing 737-800 Gol
Desde 1969 este tipo é o principal nas rotas domésticas de passageiros e cumpriu bem seu papel como cargueiros (VASP, VASPEX, TAF). Hoje é fácil você ver um 737 passando por aí, nas cores da GOL ou da VARIG (A serviço da GOL). Duas unidades foram preservadas e uma terceira TEM QUE SER A QUALQUER CUSTO (assim torço): os preservados são um da FAB que está no MUSAL-RJ e o PP-SFI da VASP em Araraquara sob propriedade particular e o terceiro a ser salvo é o PP-SMA abandonado em Confins, e este ao contrário do que dizem, nunca foi desejado pela Boeing em troca de um 737 novo. Trata-se de uma mais uma destas lendas da aviação.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A marca Varig irá desaparecer dos aviões da Gol até abril do ano que vem


Gol vai acabar com a marca Varig até abril do ano que vem
Nove dos 12 aviões serão pintados com as cores da nova dona
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO


A marca Varig irá desaparecer dos aviões da Gol até abril do ano que vem.

Há 12 aviões Varig, entre Boeings 737-700 e 737-800, o que representa menos de 10% da frota da empresa.

Nove desses aviões serão repintados nas cores da Gol. Outras três aeronaves serão devolvidas a empresas de leasing, segundo a Gol.

A Gol comprou a marca Varig em 2007, por US$ 320 milhões, com a intenção de usá-la em voos internacionais. Na ocasião, o empresário Nenê Constantino, dono da Gol, disse que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe pedira que "salvasse a Varig" e recuperasse o prestígio da empresa, por décadas a maior do país.

Aviões com a bandeira da Varig chegaram a voar para a Europa, mas a operação fracassou e foi abortada em 2008.

Desde então a Gol se concentrou em usar a Varig em voos domésticos e na América do Sul, mas a marca foi desaparecendo dos aviões gradativamente.

Atualmente, a Gol avalia que os passageiros associam a marca Varig a aviões ultrapassados usados no início da década passada, quando a empresa passava por dificuldades financeiras --mesmo que as aeronaves Varig de hoje sejam novas e modernas.

A Gol amargou um prejuízo bilionário durante o processo de integração com a Varig, e acabou decidindo eliminar a marca há cerca de quatro anos, quando decidiu não voar mais para fora.

A Gol comprou a Varig não pela marca, mas pelos slots --direitos para pouso e decolagem-- em Congonhas.

A única marca que restou da Varig foi o Smiles. O logotipo do Smiles mudou e ganhou a cor laranja. A Gol preservou o CNPJ da Varig, por razões fiscais e regulatórias.
Colaborou MARIANA BARBOSA

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Por onde anda os 737 da WEB JET?


Aviões da WEB JET parados em Confins


A WEBJET teve suas operações forçadamente encerradas em 23/NOV/2012 (ver notícia AQUI). Desde então, as aeronaves que compunham a frota da companhia foram estocadas em diversos pontos do país. Abaixo relacionamos todos os 737 operados pela WEBJET, e o destino de cada um. A tabela contém dúvidas e eventuais erros. Assim, solicitamos a gentileza da ajuda dos nossos leitores e colaboradores para completarmos este trabalho.
  • Prefixo # Tipo (Número de Contrução) > Destino
PR WJW

PR-CID. aeronave é o ex-PR-WJX
PR-WJP na BOA
  • PR-WJA # B737-322 (cn 24663) > PARADO GIG.
  • PR-WJB # B737-341 (cn 25050) > * DESCONHECEMOS O PARADEIRO.
  • PR-WJC # B737-341 (cn 25051) > DEVOLVIDO. FERRY OPA LOCKA 23/MAI/12.
  • PR-WJD # B737-3Y0 (cn 23922) > PARADO CNF (CONFIRMADO***).
  • PR-WJE # B737-33A (cn 25057) > PARADO POA.
  • PR-WJF # B737-341 (cn 24936) > PARADO GIG.
  • PR-WJG # B737-322 (cn 24452) > * DESCONHECEMOS O PARADEIRO.
  • PR-WJH # B737-341 (cn 26856) > PARADO GIG.
  • PR-WJI # B737-341 (cn 26857) > PARADO GIG.
  • PR-WJJ # B737-341 (cn 24935) > * DESCONHECEMOS O PARADEIRO.
  • PR-WJK # B737-33A (cn 23830) > PARADO GIG.
  • PR-WJL # B737-36N (cn 28590) > PARADO GIG.
  • PR-WJM # B737-36Q (cn 28660) > DEVOLVIDO. FERRY MIAMI 10/NOV/12.
  • PR-WJN # B737-36Q (cn 29327) > DEVOLVIDO. FERRY MIAMI 10/NOV/12.
  • PR-WJO # B737-3Q8 (cn 26295) > PARADO POA.
  • PR-WJP # B737-3Q8 (cn 26309) > ENTREGUE EM 14/AGO/12 P/ A BOA (CP-2716).
  • PR-WJQ # B737-3U3 (cn 28742) > PARADO POA.
  • PR-WJR # B737-36N (cn 28566) > PARADO SJK (* NECESSITA CONFIRMAÇÃO).
  • PR-WJS # B737-3Y0 (cn 24465) > 04/JAN/13 DECOLOU DE SJK P/ GIG ***
  • PR-WJT # B737-3Y0 (cn 24908) > PARADO GIG (Foto acima).
  • PR-WJU # B737-36N (cn 28560) > PARADO GIG.
  • PR-WJV # B737-36N (cn 28567) > PARADO GIG.
  • PR-WJW # B737-33A (cn 27267) > ENTREGUE EM 11/DEZ/12 P/ VIVA AEROBUS (XA-VIQ).
  • PR-WJX # B737-33A (cn 25033) > PARADO NO GIG. RESERVADO P/ CLUBE NAUTICO AGUA LIMPA.

domingo, 29 de setembro de 2013

Escritório da VARIG em Rio Branco

Ainda vemos o escritório da saudosa Varig abandonado no antigo aeroporto de Rio Branco. O mato toma conta de tudo e vira refúgio de usuários de drogas infelizmente. Esse aeroporto funcionou desde a década de 1970 até 1999, quando o "dono" das terras reivindicou na justiça. O engraçado é que toda área desde a desocupação continua abandonada, somente a pista que foi utilizada para virar avenida e construir um estádio de futebol. O aeroporto se chamava Presidente Médici.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Especial: O abandono da VASP em Manaus


O final do mês de janeiro de 2005 é lembrado por muitos como o instante final de vida de uma das mais importantes empresas aéreas do país. Após sete décadas de existência, a Viação Aérea de São Paulo – VASP tinha cassada sua licença operacional pelo então DAC, marcando o final de sete décadas de uma história cheia de pioneirismos.

De acordo com a ordem cronológica adotada em nossa série de matérias sobre o cemitério de aeronaves de Manaus, o Boeing 737-2A1/Adv PP-SMB foi a quarta aeronave a ser desativada, todavia é impossível iniciar a segunda parte de nossa série sem falar um pouco de uma aeronave que detém quase a mesma importância de seu irmão mais famoso, o PP-SMA.

Década de 1960. A VASP, com algum atraso, iniciava a transição para a era do jato. Todavia naquela época o Departamento de Aviação Civil tinha um papel que extrapolava o que faz a atual ANAC: ela regulava e autorizava a aquisição de aeronaves e distribuição de rotas. Em 1965 a VASP questionara em público e na imprensa o fato de as rotas da então falida Panair do Brasil terem sido repassadas exclusivamente para a Varig e Cruzeiro e logo em seguida assistiria os interesses da Varig novamente cruzarem seu caminho.

Somente a Varig era autorizada pela DAC para adquirir aeronaves da Boeing e, da mesma forma que ocorreria anos depois quando a VP comprou seus Airbus A300, a companhia paulista não pôde inicialmente adquirir os Boeing 737 pois a RG demonstrara interesse no modelo; por esta razão a VP trouxe em 1968 um par de BAC One Eleven.

A VASP, empresa estatal, tinha grande interesse em operar aeronaves a jato da Boeing a partir de Congonhas e inicialmente considerou a aquisição de quatro Boeing 727-200. O governador do Estado de São Paulo Abreu Sodré ratificou esta intenção em março de 1968 contudo havia um grande porém: o Boeing 727-200 não era capaz de operar no seu peso máximo a partir de Congonhas para destinos no Nordeste e na região Sul. Como a Varig desistira do 737 em favor do Boeing 727-100, a VASP teve autorização de comprar cinco Boeing 737-200, aeronave que cumpria os requisitos para voar de e para CGH.


PP-SMA, ainda na fábrica da Boeing, com a pintura original do Boeing 737-200 da VASP. Acima o PP-VJH, Boeing 707 protótipo que depois voou na Varig e na FAB como 2403


A chegada dos quatro Boeing 737-200 no aeroporto de Congonhas em 18 de julho de 1969 marcou o início da operação do Boeing 737 na América Latina. As quatro aeronaves chegaram juntas, em fila, fazendo rasantes sobre CGH. Nas campanhas publicitárias a Vasp chamava seu 737 “Advanced” de Jumbinho, numa tentativa de compará-lo ao conforto do então novíssimo Boeing 747.

O PP-SMB, apesar de ter chegado junto do PP-SMA, SMC e SMD é considerado o segundo 737 da VASP por ter saído da linha de produção após o SMA. O PP-SMB é originalmente um 737-2A1/Adv, serial number 20093, número de linha 169; realizou o primeiro vôo em 14 de maio de 1969, sendo entregue para a VASP em 18 de julho do mesmo ano, junto com o PP-SMA, SMC e SMD. Como todo bom Boeing 737-200, tinha um par de confiáveis, barulhentos e raivosos motores Pratt & Whitney JT8D-17.

Uma questão interessante sobre os 737-200 da Vasp e da Varig é com relação ao uso do termo Advanced. Originalmente os 737-2A1 da Vasp não eram do tipo Advanced, só adquirindo esta condição posteriormente através do retrofit oferecido pela Boeing: maior potência de motores, menor consumo, maior alcance, refinamento aerodinâmico, melhores freios e maior peso máximo de decolagem. Quando a Varig recebeu seu primeiro 737-200 (PP-VME) em 1974 acabou criando o termo Super Advanced, para dar a idéia ao público de que seu 737-200 era mais moderno do que o da VASP. O 737-200 Super Advanced na prática nunca existiu.


PP-SMB no GIG, 1981
Foto por Luiz André Farias


PP-SMB no GIG, 1986, no mesmo esquema de cores utilizado pelo A300B2
Foto por Jay Selman


PP-SMB em GRU, já com as cores do final da década de 1980
Foto por Gianfranco Beting


Originalmente o SMB era um avião de passageiros, e foi utilizado para este fim durante 22 anos. Em setembro de 1991 o SMB foi convertido em KMIA para a versão full cargo e transportando cargas voou por outros 14 anos. Nunca foi repassado ou transferido para outra companhia que não fosse do grupo da própria VASP. Em seus últimos anos voava com os títulos da VaspEx.


PP-SMB em FLN - Julho de 2000
Foto por Bruno Orofino


PP-SMB em POA - Maio de 2004
Foto por Marcelo Magalhães


Como mencionamos na introdução deste artigo, a VASP encerrou suas operações em caráter definitivo em 27 de janeiro de 2005. Todavia o SMB ainda operou por mais alguns dias, talvez por ser destinado ao transporte de carga. Em 04/02/2005 ao meio-dia o PP-SMB pousou pela última vez após três décadas e meia de operação, cumprindo o VSP9674 procedente de Belém. No período imediamente seguinte à suspensão das operações da VP, o SMB permaneceu na área verde onde está até hoje junto a outro 737-200, o PP-SPG e de um 737-300, o PP-SFN. O SFN foi devolvido ao lessor e voltou a voar, todavia o SPG e o SMB, o segundo 737 da América Latina, estaria condenado a permanecer no chão até que o desfecho do processo de recuperação judicial da VASP fosse conhecido.


PP-SFN, PP-SMB e PP-SPG - Junho de 2005
Foto por Ulrich F. Hoppe


A falência definitiva da Vasp foi decretada em 2008, e no ano seguinte o PP-SMB foi colocado em leilão junto de outras aeronaves da companhia:

JUSTIÇA GRATUITA - EDITAL DE LEILÃO JUDICIAL DE AERONAVES, ARRECADADOS E AVALIADOS NOS AUTOS DA FALÊNCIA DE “VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO SOCIEDADADE ANÔNIMA -VASP” PROCESSO Nº. 583.00.2005.070715- 4/003420-000. O DR. ALEXANDRE ALVES LAZZARINI, Juíz de Direito da 01ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital, na forma da lei, faz saber, que atendendo ao que lhe foi requerido pelo Administrador da Falência de VIAÇÃO AÉREA SÃO PAULO SOCIEDADADE ANÔNIMA VASP, o Leiloeiro Oficial Sr. Sérgio Villa Nova de Freitas, matriculado na Jucesp sob nº. 316, devidamente autorizado por este R. Juízo, levará em Leilão Público Oficial, a realizar-se no próximo dia 16 de Junho de 2009, às 14h00, na Casa de Portugal, sito à Avenida da Liberdade, 602 - 3º andar, Liberdade, Capital/SP, as aeronaves arrecadadas e avaliadas, no estado em que se encontram, que assim se descrevem:

LOTE 01: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SPG, Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, Manaus/AM.


LOTE 02: Aeronave, BOEING 737-200-CARGO, Prefixo PP-SMB, Série 20093. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, Manaus/AM.

LOTE 03: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SMP, Série 20779. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, Salvador/BA. 

LOTE 04: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SNB, Série 21095. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, Salvador/BA.
 

LOTE 05: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SPF, Série 21073. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, Salvador/BA.
 

LOTE 06: Aeronave, BOEING 727-200-CARGO, Prefixo PP-SFG, Série 22425. Avaliação: R$ 1.365.000,00. Localização:
 Aeroporto Marechal Cunha Machado, São Luís/MA. 

LOTE 07: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SPI, Série 21476. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto Internacional dos Guararapes, Recife/PE.


LOTE 08: Aeronave, BOEING 727-200-CARGO, Prefixo PP-SFC, Série 21071. Avaliação: R$ 1.365.000,00. Localização:Aeroporto Internacional dos Guararapes, Recife/PE. Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4ºDisponibilização: Quarta-feira, 6 de Maio de 2009 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Editais e Leilões São Paulo, Ano II - Edição 466 612

LOTE 09: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SMH, Série 20778. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Brasília/DF. 

LOTE 10: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SNA, Série 21094. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Brasília/DF.
 

LOTE 11: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SPH 22070, Série. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto
 de Brasília/DF. 

LOTE 12: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SMF, Série 20589. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP


LOTE 13: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SMG, Série 20777. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP. 

LOTE 14: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SMU, Série 20967. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP.
 

LOTE 15: Aeronave, BOEING 737-200-PAX, Prefixo PP-SFI, Série 21478. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP.
 

LOTE 16: Aeronave, AIRBUS A300, Prefixo PP-SNN, Série 225. Avaliação: R$ 2.310.000,00. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP.
 

LOTE 17: Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMZ, Série 20971. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Guarulhos /SP.
 

LOTE 18: Aeronave, BOEING 737-200 CARGO, Prefixo PP-SMW, Série 20346. Avaliação: R$ 420.000,00. Localização: Aeroporto de Guarulhos /SP.


LOTE 19: Aeronave, AIRBUS A300, Prefixo PP-SNM, Série 205. Avaliação: R$ 4.830.000,00. Localização: Aeroporto de Guarulhos /SP. 

LOTE 20: 08 (Oito) Aeronaves:
 20.01 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMA, Série 20092. Localização: Aeroporto Internacional Tancredo Neves Belo Horizonte/MG.20.02 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMT, Série 20160. Localização: Aeroporto Internacional do Galeão Rio de Janeiro/RJ 20.03 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMR, Série 20157. Localização: Aeroporto Internacional Viracopos Campinas/SP 20.04 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMQ, Série 20155. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP. 20.05 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMS, Série 20159. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP.20.06 - Aeronave, BOEING 737-200 CARGO, Prefixo PP-SFQ, Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP. 20.07 - Aeronave, BOEING 737-200 PAX, Prefixo PP-SMC, Série 20094. Localização: Aeroporto de Guarulhos /SP. 20.08 - Aeronave, AIRBUS A300, Prefixo PP-SNL. Série 202. Localização: Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP. Avaliação do lote 20: R$ 630.000,00.

TOTAL GERAL DAS AVALIAÇÕES (05/2006): R$ 16.800.000,00. (Dezesseis milhões e oitocentos mil reais). Todas as aeronaves serão vendidas no estado em que se encontram.Os valores das avaliações serão atualizados até a data do Leilão com base na tabela do Tribunal de Justiça. Será acrescida a porcentagem de 5% (cinco por cento), sobre o valor integral da arrematação, referente à comissão do leiloeiro, conforme Decreto nº. 21.981 de 19 de outubro de 1932, que regula a profissão de Leiloeiro Oficial. Ocorrendo sustação de quaisquer cheques dados em pagamento, ou devolução por insuficiência de fundos, fica desfeita a venda e imposta multa ao Arrematante de 20% (vinte por cento), do valor da arrematação, a qual será cobrada por via executiva, como dívida líquida e certa, nos termos do art. 580, do Código de Processo Civil, corrigida monetariamente até o efetivopagamento. E para que produza os efeitos de direito é expedido o presente edital de leilão, que será publicado e afixado como de costume na forma da lei. São Paulo, 30 de Abril de 2009.


Abril de 2005

Novembro de 2005

Julho de 2008


Julho de 2009

Junho de 2010


Cockpit do PP-SMB - Junho de 2010


Fácil saber no que resultou este leilão: o PP-SMB continua abandonado e enferrujando na umidade de Manaus. Para os menos atentos é somente uma aeronave velha de uma empresa falida, mas por mais de 30 anos o azul do SMB se misturou ao azul dos céus brasileiros.



IV. Boeing 737-2L7/Adv PP-SPG


Como já mencionamos anteriormente, o Boeing 737-200 foi a espinha dorsal da VASP a partir de 1969. A empresa foi a primeira a operar uma frota exclusiva do mesmo modelo de aeronave (o próprio 737-200) entre 1976 e 1977, e durante sua história a VP utilizou 39 modelos de aeronaves 737-200. Desnecessário dizer que nem todas eram novas de fábrica e não tinham o código de cliente Boeing (2A1) designado para a VASP. Até meados da década de 90 a empresa continuou recebendo alguns 737-200 usados e um deles foi o PP-SPG.

O PP-SPG é um avião quase uma década mais novo do que seu companheiro PP-SMB. A Oceania e o Pacífico Sul foram o seu lar inicial: realizou o primeiro vôo em 18/09/1978 e foi entregue em 29/09/1978 com a matrícula C2-RN6 ao seu cliente original, a Air Nauru, empresa que serve ao longínquo país situado na Micronésia e que hoje se chama Our Airline. O número de série do avião é 21616 e número de linha 533, SELCAL AFBL.


C2-RN6 em MEL - Novembro de 1992
Foto por Jay Selman


O C2-RN6 voou pela Air Nauru até o ano de 1994. Em 08/12/1994 a VASP recebeu a aeronave com a matrícula PP-SPG, e a VP acabou sendo a segunda e derradeira companhia pela qual o avião voou.


PP-SPG em FLN - Outubro de 1998
Foto por Bruno Orofino


Ao PP-SPG coube a questionável honra de ter sido o último avião transportando passageiros em vôo regular a pousar em Manaus operando um vôo da VASP. Às 20h do dia 24/01/2005 o SPG pousou em Manaus procedente de Belém cumprindo o VP4198, finalizando 27 anos de vida operacional. Três dias depois a Vasp encerraria definitivamente suas operações.

A aeronave ficou a princípio no pátio de estadia do TECA, sendo transportado em meados de 2005 para a área verde onde se encontra hoje. Da mesma forma que ocorreu com o SMB, o PP-SPG ficou parado aguardando a decretação da falência da VASP. Assentos, máscaras de oxigênio, bins e safety cards permanecem dentro da aeronave. Dentre os aviões que estão na primeira área de abandono do AIEG, o PP-SPG é a que é menos visível ao público, uma vez que se encontra cercado pelo PP-SMB, PP-TPC e PR-GPT.


Novembro de 2005


PP-SMB e PP-SPG - Novembro de 2007

Cockpit PP-SPG - Junho de 2010

Cabine de passageiros - Junho de 2010

PP-SPG - Junho de 2010