MAGAZINE SOUJAR

sábado, 23 de julho de 2011

VARIG de 787 Dreamliner?

Montagem de Breno Aviação


Em meio a notícia da aquisição da Webjet, surge uma nota que a GOL estaria avaliando reativar de vez a marca Varig para relançar suas operações de longo curso. A informação foi veículada pela "Istoé Independente" na semana passada. De quebra, a GOL traria os modernos Boeing 787 para relançar as operações da Varig no exterior. Quem se lembra, alguns anos atrás havia fortes boatos no mercado que a GOL havia de fato reservado alguns slots de entrega do 787. Mais, a notícia veiculada na Istoé coincide com o cancelamento do pedido de 8 Dreamliners da Gulf Air anunciado na semana retrasada. Será que veremos o Dreamliner voando por alguma companhia aérea local? Melhor, nas cores da Varig? Só o tempo dirá..."
Segundo a Administração da GOL, a marca VARIG tem reconhecimento internacional e um bom valor de mercado e, por isso mesmo, seria mantida. A pretensão, entretanto, de utilizar a marca VARIG em voos internacionais foi descartada. A GOL irá utilizar sua própria marca e já comprovou isso iniciando as rotas para Miami e Nova Iorque, no 2º semestre de 2012, utilizando alguns Boeing 737.800 da própria empresa, modificados, com classe executiva e econômica. Os B-787 também não virão. A GOL optou por adquirir os novos Boeing 737 MAX 8 (que serão recebidos a partir de 2018) e manter a padronização da frota.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O 747-400 na Varig





O maior jato comercial fabricado até então pela Boeing, operou na Varig entre os anos de 1991 e 1994. Matriculados PP-VPG, VPH e VPI, os três aparelhos Boeing 747-400 eram da versão mais moderna do famoso quadrimotor e traziam uma grande vantagem de performance em relação às versões anteriores. Para se ter uma idéia, este modelo era 24 toneladas mais leve que a versão 300, graças ao uso de materiais mais leves como ligas de carbono e kevlar e apresentava diversos progressos em tecnologia de cabine e conforto dos passageiros, além de oferecer um alcance maior com o uso de turbinas mais modernas, gerando custos operacionais mais baixos, com maior flexibilidade. Na Varig, o grande jato foi configurado para transportar 403 passageiros em três classes distintas e foi colocado, inicialmente, na rota do Brasil para Londres e Copenhagen. Com a chegada do segundo aparelho, a companhia gaúcha iniciou a rota até Hong Kong, com escalas na África e na Tailândia. O Boeing 747-400 também operou na rota para a Itália e Alemanha e na América do Sul, entre o Rio de
Janeiro e Buenos Aires. Posteriormente, o terceiro 400 foi utilizado para cobrir a rota entre o Brasil e o Japão, pousando nas cidades de Tóquio e Nagóia. Entretanto, no começo de 1994, a Varig enfrentava um rápido aumento nos seus gastos mensais e já havia iniciado um programa de enxugamento de despesas e entre as medidas anunciadas, vários contratos de leasing de aeronaves seriam revistos. O custo mensal de leasing do Boeing 747-400 era bastante elevado para a época, chegando a ser de até US$ 700 mil por avião e a Varig, em nome do programa de redução de custos, optou pela suspensão de algumas rotas deficitárias e pela devolução de alguns jatos de grande porte, entre eles o Boeing 747-400. Com a retirada de operação desses aparelhos até o final daquele ano, dois deles foram destinados para a empresa aérea Air New Zealand (PP-VPH/I) e um para a companhia Garuda Indonesian Airways (PP-VPG). Os substitutos nas rotas operadas pelo modelo foram o Boeing 747-300 e o MD-11.

Reportagem retida da Revista Flap Internacional

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Historia dos DC-10 na Varig


Historia dos DC-10 na Varig


Os McDonnell-Douglas DC-10 da Varig: pioneiros wide-bodies no Brasil

No início da década de 1970, o mundo passava por uma revolução,  no mercado de transporte aéreo. Os primeiros Boeing 747 já estavam sendo entregues ao seu operador inicial, a Pan Am, e o supersônico Concorde já tinha feito o seu primeiro voo. O senso comum, nessa época, dizia que, a partir de 1975 ou 1976, passageiros iriam voar em supersônicos, como o Concorde, e cargas iriam voar em aeronaves wide-bodies (de corpo largo e dois corredores), como os recém lançados Boeing 747, McDonnell-Douglas DC-10 e Lockheed L1011 TriStar. Um quarto wide-body, o Airbus A300, iria se juntar ao grupo ainda na primeira metade da década.
Os wide-bodies recém lançados, designados genericamente, à época, como "jumbos",  prometiam uma revolução maior que a dos fantásticos supersônicos. Enquanto problemas ambientais e o alto consumo de combustível praticamente condenavam a carreira desses últimos, antes que começassem a operar, os jumbos eram altamente eficientes, pois eram mais econômicos, por passageiro, que os velhos Boeing 707 e Douglas DC-8, podiam operar nas mesmas pistas que esses últimos, e tinham capacidade de passageiros e carga muito maiores.
Adquirir wide-bodies virou o sonho de de todos os administradores de empresas aéreas internacionais do mundo inteiro, naquela época. Afinal, essas aeronaves podiam levar passageiros com passagens mais baratas, com mais segurança e economia. Logo se vislumbrou também que o voo em supersônicos seria caro demais, reservado apenas às elites.
A Crise do Petróleo, em 1973, embora tenha impactado todos os setores da aviação, logo desmonstrou que os wide-bodies seriam o futuro da aviação comercial internacional, e que a carreira dos supersônicos estava condenada, antes mesmo de começar.
No início dos anos 1970, a Varig era a maior empresa aérea brasileira, e detinha praticamente o monopólio das linhas internacionais, entre as outras empresas brasileiras. A principal aeronave utilizada pela Varig em voos internacionais, nessa época, era o Boeing 707, embora alguns Douglas DC-8 e Convair 990 ainda estivessem em serviço.
A introdução dos "jumbos", de certa forma, colocou a Varig em xeque. As empresas aéreas estrangeiras logo começaram a voar para o Brasil com esse tipo de aeronave. A poderosa Pan Am, ao introduzir os Boeing 747-121 nas rotas Brasil-EUA, dava o troco na Varig, que foi a primeira empresa aérea a voar sem escalas do Brasil a New York, em 1960, Com os Boeing 707-441, a Varig, suplantou a rival americana, que também voava  os 707, mas que precisavam de uma escala técnica para reabastecimento.
Consequentemente, a Varig, agora liderada por Erik de Carvalho, corria atrás do "prejuízo", e namorou durante longo tempo o Boeing 747. Entretanto, a realidade do Brasil, nessa época, era problemática: O Governo Militar do Presidente Emílio Garrastazu Médici enfrentava grande endividamente externo, inflação e a Crise do Petróleo. Somente a elite andava de avião e fazia viagens internacionais. Um Boeing 747, talvez, seria grande demais para uma companhia aérea brasileira.
Analisando a situação, a Varig deixou de lado o Boeing 747 e optou por uma aeronave um pouco menor, o McDonnell-Douglas DC-10, mas que também era um wide-body, bem maior que o Boeing 707 e que, tecnicamente falando, equivalia ao poderoso 747 em termos de desempenho, segurança e conforto ao passageiro. Os DC-10 ainda eram bem mais baratos que os 747, mas Erik de Carvalho afirmou, na época, que esse não foi o fator principal na escolha da aeronave, mas sim as condições do mercado latino-americano da época.
Em novembro de 1972, finalmente a Varig se decidiu e fez uma encomenda de quatro aeronaves DC-10, série 30, a mais avançada então em produção, que deveriam ser entregues entre 1974 e 1975.
Os DC-10 série 30 eram mais adequados às linhas de longo curso da Varig que os série -10. Tinham alcance de 10.000 Km e peso máximo de decolagem  (MTOW- Maximum Take-off Weight) de quase 260 toneladas, em contraste com os pouco mais de 6.000 Km de alcance e 195 toneladas MTOW dos DC-10 série 10, os iniciais de produção.
A entrega das duas primeiras aeronaves não atrasou. Em maio de 1974, os dois primeiros DC-10-30 da Varig, matriculados como PP-VMA e PP-VMB, foram entregues em Long Beach, na Califórnia (foto abaixo). Em breve, mais dois aviões, matriculados PP-VMQ e PP-VMD, seriam entregues.
 
Naquela época, o DAC e o Ministério da Aeronáutica ditavam as regras, inclusive em detalhes como número máximo de poltronas dos aviões. Os DC-10-30 eram certificados para levar até 380 passageiros em configuração de alta densidade. O DAC fixou o limite máximo de 250 lugares nos DC-10 da Varig, mas a empresa colocou apenas 241 poltronas, uma disposição bastante confortável para o tamanho do avião. Na classe econômica, as poltronas eram dispostas em configuração 2-4-2.

A decoração interna dos aviões, com poltronas em tons de laranja e amarelo, seria considerada hoje quase "psicodélica", mas obedecia à moda da época. Um uniforme novo para as comissárias também foi lançado na época (foto abaixo). Era bastante colorido, também bem ao gosto da época mas seria considerado um tanto curto para os dias de hoje.

Os DC-10 tiveram, no mundo, uma carreira um tanto turbulenta, a começar pelos acidentes e incidentes provocados por defeitos na porta de carga, ainda nos anos 70. Mas, no Brasil, tiveram uma carreira feliz, tanto na Varig, que operou 15 exemplares, quanto na Vasp e alguns operadores menores.
 
Além de linhas internacionais, os DC-10 voaram também algumas linhas domésticas, e pelo menos um foi arrendado, por um curto espaço de tempo, em 1993, para a LAP - Lineas Aereas Paraguayas, o PP-VMX (foto abaixo), para substituir alguns velhos Boeing 707 e Douglas DC-8 em fnal de carreira.

Nenhum dos DC-10 da Varig sofreu acidentes graves em toda a sua longa carreira de 25 anos no país. É um grande contraste, em relação ao recorde de segurança do seu antecessor imediato, o Boeing 707, que teve uma carreira turbulenta e repleta de acidentes.

Vale dizer que nenhuma empresa brasileira perdeu wide-bodies em acidentes, desde o primeiro ano de operação, em 1974, até hoje.

Eis a lista completa das 15 aeronaves DC-10 que operaram na Varig:

PP-VMA: c/n 46944/133, comprado novo, entregue em 29/05/1974. Vendido em 09/03/1999 para a Avensa, da Venezuela, como YV-51C, e depois como YV-69C. Em 14/05/2003, foi para a Santa Barbara Airlines, como YV-1052C, mas encontra-se parado na Venezuela desde outubro de 2005;

PP-VMB: c/n 46945/156, comprado novo, entregue em 18/06/1974. Vendido em 14/12/1998 para a Avensa, da Venezuela, como YV-50C. Encontra-se atualmente parado na Venezuela;

PP-VMD: c/n 46916/202, comprado novo, entregue em 12/06/1975. Vendido em 17/03/1998 para a Canadian Airlines, do Canadá, como C-GBQQ. Foi retirado de serviço em 2001, e desmontado em Marana, AZ, no Pinal Air Park, entre 2004 e 2005. Na foto abaixo, o C-GBQQ está atrás do DC-10 C-GCPG;

PP-VMO: c/n 46540/268, Veio da CP Air, do Canadá, onde começou a operar em 27/03/1979, como C-GCPC. Entregue à Varig em 15/04/1979. Ficou menos de um ano na empresa, retornando à CP Air em 02/04/1980, com a mesma matrícula anterior. Em 1987, foi convertido em cargueiro DC-10-30F, agora na Canadian Airlines, sucessora da CP Air. Foi vendido em 02/08/2005 para a Centurion Air Cargo, como N304SP, e depois para a Master Top Linhas Aéreas, em 24/12/2008, como PR-MTC, onde opera até hoje;

PP-VMP: c/n 46541/281, Veio da CP Air, do Canadá, onde começou a operar em 19/07/1979, como C-GCPD. Entregue à Varig em 21/07/1979. Ficou menos de um ano na empresa, retornando à CP Air em 14/06/1980, com a mesma matrícula anterior. Em 1987, passou para a Canadian Airlines, sucessora da CP Air. Foi vendido em 29/11/2000 para a World Airways, como N541SA, onde foi convertido para DC-10-30F. Foi depois para a DAS Air, do Quênia, em 16/08/2005, como 5X-DAS, onde voou até ser estocado em dezembro de 2006;

PP-VMQ: c/n 46941/176, comprado novo e entregue em 07/11/1974. Voou na Varig durante toda a sua carreira, sendo desmontado em Tucson, AZ, em julho de 2002 (foto abaixo);

PP-VMR: c/n 47817/300, encomendado pela Singapore Airlines, onde chegou a ser registrado como 9V-SDF, em 30/11/1979, mas repassado à Varig no dia seguinte. Voou menos de um ano na empresa, até ser devolvido em 24/11/1980 à Singapore, com a mesma matrícula anterior. Foi vendido em 30/11/1983 para a Biman Bangladesh, como S2-ACQ, onde voa como aeronave de passageiros até hoje;

PP-VMS: c/n 47818/305, encomendado pela Singapore Airlines, onde chegou a ser registrado como 9V-SDG, em 25/01/1980, mas repassado à Varig no mesmo dia. Voou até 13/01/1992 na empresa, até ser repassado à McDonnel-Douglas, como N519MD, na época em que a Varig estava adquirindo seus MD-11. Foi depois, sucessivamente, para a World Airways (01/03/1992), como N115WA, Garuda (28/04/1992), Biman Bangladesh (20/07/1993), como S2-ADB, McDonnell-Douglas (11/09/1996), como N537MD, Caledonian Airways (11/03/1998), como G-LYON, JMC Airlines (27/03/2000), DAS Air (26/06/2002), já como cargueiro DC-10-30F e matriculado 5X-ROY, e Avient, do Zimbabwe (01/06/2007), como Z-ALT, onde está ativo até hoje;

PP-VMT: c/n 47841/329, comprado novo e entregue em 31/07/1980. Foi convertido ainda na Varig em cargueiro DC-10-30F. Passou para a VarigLog em 01/01/2006, ainda como PP-VMT. Foi estocado em GRU, em maio de 2008, e em VCP após outubro de 2008. Foi depois mandado para o Pinal Air Park, em Marana, AZ, em agosto de 2009 como N576SH. Situação atual incerta;

PP-VMU: c/n 47842/332, comprado novo e entregue em 09/10/1980. Foi convertido ainda na Varig em cargueiro DC-10-30F. Passou para a VarigLog em 01/01/200O, ainda como PP-VMU. Foi estocado em Manaus, em março de 2008. Foi depois para a Pegasus, em dezembro de 2009 como N578SH. Foi estocado, mas sua situação atual é incerta;

PP-VMV: c/n 47843/335, comprado novo e entregue em 09/10/1980. Voou por 19 anos na Varig até ser vendido em 29/10/1999 para a Skyjet, onde foi convertido em cargueiro e matriculado como N335SJ. Depois foi para a DAS Air (30/06/2000), Electra Airlines (11/11/2001), como SX-CVC. Arm,azenado em Nimes, França, foi vendido depois para a CargoItalia (01/05/2006), como I-CGIA. Armazenado em Chateauroux - CHR, na França, desde 11/2008;

PP-VMW: c/n 47844/336, comprado novo e entregue em 10/11/1980. Voou por 14 anos na Varig, depois, em 01/07/1994, foi para a Pluna, do Uruguai, ainda como PP-VMW. Foi para a Northwest em 30/12/1994, como N237NW, e depois retirado de serviço e estocado em Marana, em v21/02/2007. Ficou alguns dias em Marana até ir para a ATA Airlines, em 30/03/2007. Depois foi para a World Airways, em 22/02/2008, como N136WA, até ser estocado novamente em julho de 2010;

PP-VMX: c/n 47845/356, comprado novo e entregue em 09/06/1981. Voou por 13 anos na Varig, depois foi para a LAPSA, do Paraguai, em 03/10/1993, ainda como PP-VMX. Voltou para a Varig em 27/01/1994 Varig, e depois foi para a Garuda, da Indonésia, em 06/04/1994. Em 01/07/1994, voltou para a Varig, como PP-VMX, e em 02/09/1999 foi para a Northwest Airlines, como N242NW. Foi estocado em Marana em 02/2006, indo em 23/04/2007 para a ATA Airlines, como N242NW. Em 23/02/2008, foi para a World Airways, como N138WA, e depois armazenado novamente em 11/2010;

PP-VMY: c/n 48282/355, comprado novo e entregue em 30/04/1981. voou na Varig por quase 13 anos e, em 06/04/1994. foi para a Garuda, voltando para a Varig em 01/07/1994. Em 16/06/1999 foi para a Northwest Airlines, como N241NW. Estocado em Marana em 02/2006, foi vendido em 07/02/2007 para a ATA Airlines, onde foi matriculado como N241NW, e depois, em 22/02/2008, para a World Airways, como N137WA, onde está voando até hoje;

PP-VMZ: c/n 46999/289, comprado da Singapore Airlines, onde foi entregue em 28/09/1979, como 9V-SDE. Entregue à Varig em 27/03/1980 como PP-VMZ. Em 13/01/1992, foi para a McDonnell Douglas, como N518MD, na época da aquisição dos MD-11. Em 01/03/1992, foi para a World Airways, como N114WA, em 01/05/1992 para a Garuda, como N114WA, em 17/07/1993, novamente para a World Airways, como N114WA, em 20/07/1993 para a Biman Bangladesh, como S2-ADA, em 01/11/1994 voltou para a McDonnell Douglas como N524MD, indo em 07/09/1995 para a Aeroflot, da Rússia, como N524MD, sendo convertido para cargueiro DC10-30F. Em 19/11/2004, foi para a Arrow Air, como N524MD, arrendado da Miami Leasing. Foi estocado em OPF (Opa Locka, Flórida), em 07/2010.

Como se pode ver, nenhum desses aviões foi acidentado, nem na Varig nem nos vários operadores posteriores. Alguns ainda estão na ativa, como o PP-VMO, atual PR-MTC, da Master Top, o PP-VMS, atual Z-ALT, da Avient, e o PP-VMY, atual N137WA, da World Airways.

Os desmontados, com certeza, foram os PP-VMQ e PP-VMD. Os demais estão estocados, mas alguns desses também certamente não voltarão a voar, e podem ter sido desmontados também.

Os pilotos da Varig gostavam dos DC-10, pois eram aviões muito sofisticados, cheios de automatismo, com navegação inercial, muito mais precisa que os sistemas Doppler dos Boeing 707. Em resumo, era um luxo, para os tripulantes. Até a chegada dos Boeing 747, em 1981, ser comandante de DC-10 era o topo da carreira dos pilotos da Varig, e nem todos chegavam lá, só os melhores.

 

Durante 7 anos, os DC-10 foram os maiores aviões operados por uma empresa brasileira, até serem suplantados pelos Boeing 747-200, em 1981. Fizeram praticamente todas as linhas internacionais da Varig, desde NYC a Madrid, Los Angeles, Paris e Londres.

Em 1994, o DC-10 PP-VMD foi pintado em um esquema de cores especial para a Copa do Mundo da FIFA, nos Estados Unidos, e trouxe de volta a Seleção Brasileira tetracampeã (foto abaixo). 

 

Mesmo com a chegada dos Boeing 747, em 1981, e dos MD-11, em 1991, grande parte da frota de DC-10 continuou em uso. Apenas dois foram usados exclusivamente para transportar carga, os PP-VMT (foto abaixo) e PP-VMU.
 

Essas duas aeronaves foram  depois repassadas para a então subsidiária de carga VarigLog, onde foram usados por  um longo tempo. No início da década de 2000, os últimos DC-10 da Varig foram vendidos ou devolvidos, encerrando assim uma era da aviação comercial brasileira.


Alguns poucos, comos os veteranos PP-VMA e PP-VMB, chegaram a receber o novo esquema de pintura introduzido pela Varig em 1999 (foto acima).

sábado, 16 de julho de 2011

707 All-Pax no Brasil Parte II



707-320C Intercontinental: o definitivo


A Varig estava muito satisfeita com o desempenho de seus Boeing 707. Mas, em 1961, a companhia absorveu o consórcio Real-Aerovias, então a maior empresa aérea do Brasil. Ao comprar a Real, herdou desta uma encomenda de 3 jatos Convair 990A, recebidos em 1963. Dois anos depois, ao receber parte do espólio da Panair do Brasil, a empresa gaúcha acabaria por receber um par de jatos Douglas DC-8. Em pouco mais de 5 anos, a Pioneira passou do zero para nada menos que 7 jatos operados: dois DC-8, dois Boeing 707 e três Convair 990A. Uma situação única no mundo: nenhuma outra empresa aérea operou simultaneamente com os três principais quadrimotores a jato de grande porte desenvolvidos nos Estados Unidos.

A liquidação da Panair apresentava um desafio à Varig, que "herdara" as rotas européias. Assim, desde 1965, a Varig precisava mesmo de uma aeronave capaz de voar entre Rio e Londres, Madri, Paris, Roma, Frankfurt e Lisboa, as primeiras cidades na malha européia. Isso era fundamental para a Varig, pois as rotas para o Velho Continente da recém liquidada Panair eram uma velha ambição de Ruben Berta.

E como o modelo efetivamente escolhido pela gaúcha era mesmo o Boeing 707, em 1966 a companhia anunciou a compra de seus três primeiros Boeing 707-341C (C de Convertible, de passageiros a carga e v. versa), a versão mais aperfeiçoada dentre todos os 707 desenvolvidos. A versão 320C era equipada com quatro motores Pratt &Whitney JT3D, com 18.000 libras de potência. Apresentava refinamentos aerodinâmicos, maior capacidade nos tanques (96.360 litros) e maiores pesos de decolagem, chegando a 152 toneladas. Como conseqüência, os 707-341C da Varig podiam voar mais longe - aproximadamente 9.900 km, suficiente para voar sem escalas entre o Rio de Janeiro e as principais cidades européias. Não menos importante, a nova versão possuía ainda uma porta de carga no deck principal. Dessa forma, a Pioneira podia retirar todos os assentos e levar somente carga no deck principal, que contava com piso reforçado para este tipo de missão. A companhia recebeu os 707 e imediatamente colocou as máquinas nas rotas para Nova York e Europa. Como o alcance dos 341C era muito maior do que o dos veteranos PP-VJA e PP-VJJ, estes dois últimos foram praticamente confinados a operar as rotas para Miami, Costa Oeste das Américas e sul-americanas.

O comandante Geraldo Knippling mais uma vez foi o escolhido para trazer o novo equipamento para o Brasil. Ele liderou a turma de comandantes e pilotos da Varig que tomaram o rumo de Seattle, nos Estados Unidos, ao final de 1966. Em conversas com este notável aviador, ficou claro o seu encanto pelo Boeing 707 na versão Intercontinental. Os dois primeiros na frota da Pioneira (PP-VJR e VJS) foram entregues em 28 de dezembro de 1966.

Rapidamente outras aeronaves foram trazidas. Em 1967, chegou o PP-VJT. Em 1968, o PP-VJK e o PP-VJX. Em 1969, entraram para a frota o PP-VJH, VJY e VJZ. Em 1971, o PP-VLI e VLJ. No ano seguinte, o VLK, VLL e VLM. Em 1973, o PP-VLN, VLO e VLP. Finalmente, em 1974 o último recebido, matrícula PP-VLU.

É bom notar alguns fatos interessantes. Alguns dos Boeing 707-320 recebidos pouco ou nunca operaram vôos de passageiros, sendo prioritariamente empregados em vôos de carga. Como exemplos, temos o PP-VLJ e VLU. Outros exemplares, apesar da configuração "Cargo", poucas vezes transportaram somente carga. O PP-VJH, VJK e VLO são exemplos. Nota-se que o Boeing 707 conferia à Varig uma desejável flexibilidade operacional. A empresa podia mudar substancialmente sua capacidade de transporte, adicionando cargueiros ou convertendo-os em aeronaves de transporte de passageiros, de acordo com as necessidades de mercado. O Boeing 707 seria, por estas razões, o sustentáculo da entrada, crescimento vigoroso e dominação da Varig nas rotas intercontinentais operadas por empresas brasileiras.

Pode-se dizer que o Boeing 707 foi o "Flagship" da companhia por exatos e longos 14 anos, desde a chegada do VJA a Porto Alegre em meados de 1960 até 1974, quando a Varig receberia seu primeiro McDonnell Douglas DC-10-30. Durante esses longos 14 anos - por sinal, os anos de máxima excelência e prestígio nos serviços e na imagem da Varig - o Boeing 707 foi a estrela maior. E, à medida em que as aeronaves do tipo eram entregues, eles foram gradativamente padronizando a frota de longo curso da Pioneira. Com a entrega do PP-VJT em março de 1967, a Varig retirou de serviço e vendeu o Convair 990A PP-VJE. Com a entrega do VLJ e VLI em 1971, a gaúcha retirou definitivamente de operação os Convair remanescentes, PP-VJF e VJG. Apenas um único DC-8 remanescente dos tempos da incorporação da Panair, o PP-PDS, voaria até 1975.

O Boeing 707 foi o equipamento fundamental da Pioneira em sua vigorosa expansão internacional, que ganhou impulso justamente pela entrega de mais unidades do tipo. Em 25 de junho de 1968, por exemplo, foi inaugurada uma rota herdada da Real: os vôos para o Japão. O vôo RG 830 partiu com um Electra do Aeroporto do Congonhas. No Galeão, troca para o equipamento 707, matrícula PP-VJS, com decolagem às 21h. Após escalas em Lima, Los Angeles e Honolulu, a chegada a Haneda, em Tóquio, ocorreu às 16h (horas locais) dois dias depois, em função dos fusos horários. O vôo inaugural para o Japão esteve sob responsabilidade dos comandantes Carlos Homrich (à época, Diretor de Operações), Schittini e Nagib.

Outro grande momento de nosso país foi protagonizado por um Boeing 707: a honra de transportar a seleção tri-campeã mundial no México coube ao já histórico PP-VJA. Por sinal, esta seria a primeira vez, de três, que a Varig traria de volta ao Brasil a seleção brasileira com as faixas de campeã mundial de futebol. Nesse ano cheio de novidades, a empresa aumentou suas freqüências para a Europa, passando a operar onze vôos semanais, bem como expandiu de dois para três os vôos semanais para Tóquio. Em 30 de junho, mais um vôo semanal para Madri elevou as freqüências para o Velho Continente para uma dúzia por semana. Antes desse memorável ano acabar, em 21 de agosto de 1970, a companhia inaugurou o primeiro vôo para a região meridional da África, um mercado que os Boeing 707 da Varig viriam a desbravar nos anos seguintes. Nessa data, o PP-VJS inaugurou a rota Rio - Johannesburgo - Luanda - Rio.

Perdendo a primazia

O período entre a segunda metade da década de 60 e primeira metade da década de 70 ficou marcado por instabilidades políticas no Brasil e em vários países em todo o mundo. O ideal socialista, que ganhava força nesse período apresentou uma faceta especialmente danosa às companhias aéreas: os seqüestros aéreos. A Varig não foi exceção, sofrendo pelo menos quatro seqüestros. Entre eles, um fato extremamente curioso: o Boeing 707 PP-VJX foi seqüestrado nada menos que três vezes. Essa curiosa sina teve início em 4 de novembro de 1969. O jato voava de Buenos Aires a Santiago do Chile, sob comando de Geraldo Knippling, quando três seqüestradores, todos jovens estudantes paulistas, invadiram a cabine. O Boeing prosseguiu para o Chile antes de voar para Havana. Meses depois, em janeiro de 1970, o VJX foi novamente interceptado, desta vez em um vôo entre Lisboa e Rio. Finalmente, em 12 de março de1970, a aeronave foi seqüestrada durante um vôo entre Santiago do Chile e Buenos Aires. Todas as viagens terminaram em Havana, Cuba, felizmente sem mortos ou feridos.

O ano de 1973 seria marcado por tristes acontecimentos, sobretudo na Varig. Além da primeira grande crise mundial do petróleo, o funesto "Oil Shock", o ano entrou para a história pois aconteceram dois acidentes fatais envolvendo jatos 707. O primeiro com o cargueiro PP-VLJ, que caiu segundos antes do pouso no Galeão, em 9 de junho. A aeronave submergiu na baía de Guanabara, matando dois dos quatro tripulantes. O segundo foi o mais grave da história da companhia. No dia 11 de julho, 116 passageiros e sete tripulantes perderam suas vidas quando o vôo RG 820, operado pelo PP-VJZ, pegou fogo em pleno ar, ao iniciar sua aproximação de Paris. Apesar dos esforços heróicos dos comandantes Gilberto Araújo da Silva e Antônio Fuzimoto, o Boeing não conseguiu chegar a Orly. Fez um pouso forçado em uma plantação de cebolas em Saulx-Les-Chartreux, arredores de Paris, a apenas 5 quilômetros da cabeceira da pista 7.


O acidente com o PP-VJZ chamou a atenção da mídia para um fato. Nas rotas internacionais, o Boeing 707 ainda era a principal aeronave da Varig. Nunca como nesse ano, por sinal, a empresa teve tantos jatos do tipo em operação: nada menos que 17 unidades. Porém, nas companhias aéreas mais poderosas do mundo, o veterano quadrimotor da Boeing vinha perdendo espaço para uma nova geração de aeronaves. Essa nova geração era representada pelos modelos Boeing 747, Lockheed L-1011 Tristar e o McDonnell Douglas DC-10. E, em que pese a excelência de atendimento, a cortesia, os vinhos finos e o caviar, os Boeing 707 da companhia gaúcha não mais podiam fazer frente aos wide-bodies que as empresas concorrentes queriam empregar nos vôos para o Brasil. E só não o faziam por uma attitude protecionista do governo brasileiro: os acordos bilaterais firmados pelo Brasil com outros países proibiam o uso de "wide-bodies" em vôos para o nosso país, até a Varig receber os DC-10. Somente em 1974 as empresas americanas e européias foram autorizadas a voar com B 747 e DC10 para o Brasil.

A Varig há muito sabia que precisaria, cedo ou tarde, reequipar sua frota de longo curso. Tanto que, desde princípios dos anos 70, vinha estudando cuidadosamente a compra de um desses três novos tipos. O Lockheed Tristar foi o primeiro a ser descartado. Era uma ótima aeronave, mas não possuía alcance para operar vôos sem escalas entre Brasil e Europa. A escolha ficou entre o DC-10 e o Boeing 747. Erik Oswaldo Kastrup de Carvalho, presidente da Varig, encomendou estudos internos que apontaram o DC-10 como alternativa ideal para a companhia. Com o dobro da capacidade do 707, eram mais adequados do que os Boeing 747 para as rotas internacionais, sobretudo na baixa estação, quando o tráfego cai consideravelmente. Ao final de 1972, quatro aeronaves foram encomendadas para operar nas principais rotas internacionais, em uma transação avaliada em US$ 110 milhões. Em 21 de junho de 1974, decolou da fábrica da McDonnell Douglas, em Long Beach, o primeiro DC-10-30 da Varig, matriculado PP-VMA.

Ainda assim, os 707 continuavam a prestar serviços brilhantes para a companhia. Em 1979, após um acidente grave ocorrido nos Estados Unidos, a Federal Aviation Agency determinou a paralisação total de todas as operações com aeronaves DC-10 no mundo todo. A medida entrou em vigor em 29 de maio e afetou profundamente a Varig. Com a paralisação, os cinco DC-10 em uso pela empresa ficaram retidos em solo. Não restou à companhia outra alternativa senão empregar para transporte de passageiros todos os 16 Boeing 707 disponíveis. O esforço foi feito com a ajuda dos tripulantes, que passaram a voar o máximo que permitia a regulamentação. Na verdade, a média de utilização horária dos 707 passou de 10.56 para 16.6 horas ao dia, um nível altíssimo. Essa situação só foi resolvida em 19 de junho, quando o FAA levantou a proibição. Nesse mesmo ano, em 24 de setembro, o vôo RG 409, Brasília-Rio, marcou a despedida de uma aeronave histórica da companhia: o primeiro Boeing 707 recebido pela companhia, o famoso PP-VJA, fez seu último vôo comercial nas cores da Pioneira. Sua retirada de serviço marcou o início de uma lenta e gradual substituição do tipo no transporte exclusivo de passageiros.

Ainda assim, os 707 da empresa continuariam a servir muitos mercados com classe e eficiência. Bons exemplos são os serviços africanos, que os 707 inauguraram e mantiveram na malha até meados da década de 80. Exemplos: em 1977, ano em que a empresa completou 50 anos de vida, em 26 de junho, partiu o vôo inaugural para Lagos, Nigéria. Em 1982, foi inaugurado o prolongamento da linha de Luanda até Maputo, Moçambique. Em 16 de outubro de 1984, partiu o primeiro RG 796, Rio - Abidjan, Costa do Marfim. Simplesmente a Varig não possuía aeronave mais adequada do que os 707 em termos de capacidade e alcance para rotas internacionais de menor densidade de tráfego. Por exemplo, em 20 de janeiro de 1984 decolou o primeiro RG 876, serviço semanal entre Rio - Guayaquil - Quito - San José de Costa Rica.

Em 1986, a Pioneira recebeu seu primeiro Boeing 767-200, matriculado PP-VNL, modelo escolhido para acelerar definitivamente a aposentadoria do 707. Em julho de 1987 teve início a entrega de seis jatos 767-241ER, comprados diretamente junto ao fabricante ao custo de US$ 380 milhões. Com a chegada destas aeronaves, os vôos internacionais remanescentes operados pelos 707 seriam gradativamente substituídos pelos novos e muito mais eficientes bimotores. Antes que essa transição fosse completada, mais um acidente fatal ocorreria com o tipo em serviço na Pioneira. No dia 2 de janeiro de 1987, o PP-VJK caiu nas cercanias em Abidjan, matando cinqüenta de seus 51 ocupantes. A aeronave fazia seu último vôo na companhia: após pousar no Galeão, ela seria desativada. Junto com três outras (PP-VJH, VJX e VJY), ela havia sido vendida à Força Aérea Brasileira. Após modificações nas oficinas da Varig, seriam empregadas como aeronaves de transporte e reabastecimento. O acidente acelerou a remoção do tipo no transporte de passageiros.

Ao final de 1987, foram operados os últimos vôos de passageiros com 707 na Varig nas rotas africanas. O derradeiro foi o vôo SC930/931, unindo Buenos Aires, Guarulhos e Rio de Janeiro. A aposentadoria definitiva do último 707 em operação, o cargueiro PP-VLN, foi selada quando o mesmo foi vendido em 24 de outubro de 1989, colocando um ponto final em 29 anos de operações ininterruptas do modelo na Varig. 

sábado, 9 de julho de 2011

Saudades da Varig - Por Walcir Carrasco

Ontem estive no aeroporto de Congonhas tentando embarcar para o Rio de Janeiro. Imperava o caos. Vôos atrasados por todo lado, devido à neblina. Eu já tinha feito check-in pela internet. Na sala (salão) de embarque, havia uma mocinha da TAM cercada de passageiros.  Horário: 15:30. Atendia uma senhora de uns 75 anos, do interior do Rio Grande do Sul.
— Saí da minha cidade às cinco da manhã para pegar o vôo das 9h em Porto Alegre. O vôo saiu às duas. Perdi minha conexão para o Rio de Janeiro. Estou remarcando a passagem.
A mocinha imprimiu o bilhete. Para as 19h!
— Não temos assentos livres antes desse horário, explicou.
— Não faça isso comigo! — gemeu a senhora.
E começou a chorar. A mocinha da TAM respondeu gentilmente, como dever ter sido treinada, com um sorriso no rosto:
— Nós vamos fazer isso, sim. Quando chamarem algum outro vôo, a senhora vá até o embarque e veja se tem lugar sobrando.
A mulher ficou chorando.
Encontrei um amigo, Antônio, com o mesmo problema. Ia pegar um vôo antes do meu, mas não havia saído. Do meu, nem notícia.
Tomamos um café e fomos a um balcão. Não havia fila. Os passageiros se aglomeravam. Um rapaz respondia a quem falava mais alto.
Duas senhoras tinham vindo de Washington.  Queriam chegar a Porto Alegre.
— Estamos em trânsito há 48 horas — contou uma delas. — Teria sido melhor ir de ônibus!
Finalmente, meu amigo conseguiu ser ouvido.
— Não temos previsão sobre seu vôo. — foi a resposta.
Perguntei do meu.
— Foi desmarcado.  Terá que embarcar no próximo.
— E quando será o próximo?
— Não temos previsão.
Desisti de voar. Eu e Antônio fomos remarcar as passagens no check-in. Filas quilométricas. E, mais uma vez, desistimos.
Neblina e outros tipos de problemas acontecem em aeroportos. Mas o tratamento dispensado aos passageiros é lamentável.  Não há gentileza real, preocupação.
Nos tempos da antiga Varig era diferente. A gentileza era a praxe. O atendimento era ótimo, o serviço de bordo impecável. E generoso! Que comidinha boa! Nos outros países, a agência da Varig assemelhava-se a uma representação diplomática.
Eu fiz lindas viagens pela Varig. Cheguei a trabalhar na revista de bordo, a “Ícaro”, onde, como funcionário, também tive um tratamento generoso e exemplar.
Quando vivo uma situação como a do último sábado, realmente digo para mim mesmo:
— Ah, que saudades da Varig!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Varig terá frequências adicionais para Punta Cana em julho

Varig terá frequências adicionais para Punta Cana em julho


A Varig, bandeira da companhia aérea Gol para voos internacionais mais longos, inicia na próxima terça-feira duas frequências adicionais para Punta Cana, na República Dominicana, destino já atendido com três operações semanais. Inicialmente, os voos se estenderão por todo o mês de julho, aproveitando a demanda aquecida de turistas que viajarão ao Caribe.

“Punta Cana é uma cidade que oferece infraestrutura avançada e preços acessíveis. Por meio da nossa marca Varig, somos a única empresa aérea que liga Brasil ao Caribe de forma direta”, destaca Eduardo Bernardes, diretor Comercial da Gol.
Com as novas opções, os clientes poderão sair do Brasil para Punta Cana também às segundas e sextas, além das opções às terças, quartas e sábados. Os voos operados pela marca Varig partem do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) e São Paulo (Guarulhos) e são realizados com modernas aeronaves Boeing 737-800 Next Generation configuradas com duas classes.

Na Econômica, o serviço de bordo inclui opções de refeições quentes completas, com prato principal, salada e sobremesa, além de bebidas variadas. Já a classe Comfort apresenta diferenciais aos passageiros, como maior espaço entre poltronas, mais privacidade a bordo, bônus de 150% no acúmulo de milhas Smiles, serviço de bordo com opções adicionais e entretenimento de bordo individual.

A Gol possui parcerias com operadoras de turismo especializadas em Caribe para realizar a venda de pacotes para a República Dominicana. Os bilhetes também podem ser adquiridos pelo site: http://www.voegol.com.br ou por meio da Central de Relacionamento com os Clientes.