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quinta-feira, 21 de julho de 2011

O 747-400 na Varig





O maior jato comercial fabricado até então pela Boeing, operou na Varig entre os anos de 1991 e 1994. Matriculados PP-VPG, VPH e VPI, os três aparelhos Boeing 747-400 eram da versão mais moderna do famoso quadrimotor e traziam uma grande vantagem de performance em relação às versões anteriores. Para se ter uma idéia, este modelo era 24 toneladas mais leve que a versão 300, graças ao uso de materiais mais leves como ligas de carbono e kevlar e apresentava diversos progressos em tecnologia de cabine e conforto dos passageiros, além de oferecer um alcance maior com o uso de turbinas mais modernas, gerando custos operacionais mais baixos, com maior flexibilidade. Na Varig, o grande jato foi configurado para transportar 403 passageiros em três classes distintas e foi colocado, inicialmente, na rota do Brasil para Londres e Copenhagen. Com a chegada do segundo aparelho, a companhia gaúcha iniciou a rota até Hong Kong, com escalas na África e na Tailândia. O Boeing 747-400 também operou na rota para a Itália e Alemanha e na América do Sul, entre o Rio de
Janeiro e Buenos Aires. Posteriormente, o terceiro 400 foi utilizado para cobrir a rota entre o Brasil e o Japão, pousando nas cidades de Tóquio e Nagóia. Entretanto, no começo de 1994, a Varig enfrentava um rápido aumento nos seus gastos mensais e já havia iniciado um programa de enxugamento de despesas e entre as medidas anunciadas, vários contratos de leasing de aeronaves seriam revistos. O custo mensal de leasing do Boeing 747-400 era bastante elevado para a época, chegando a ser de até US$ 700 mil por avião e a Varig, em nome do programa de redução de custos, optou pela suspensão de algumas rotas deficitárias e pela devolução de alguns jatos de grande porte, entre eles o Boeing 747-400. Com a retirada de operação desses aparelhos até o final daquele ano, dois deles foram destinados para a empresa aérea Air New Zealand (PP-VPH/I) e um para a companhia Garuda Indonesian Airways (PP-VPG). Os substitutos nas rotas operadas pelo modelo foram o Boeing 747-300 e o MD-11.

Reportagem retida da Revista Flap Internacional

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