MAGAZINE SOUJAR

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Grupo VARIG

A V I A Ç Ã O - O G r u p o " V A R I G "
FROTA (31.12.2006): Total: 73.Aeronaves cargueiras: Boeing 727.100 (04); Boeing 727.200 (04); Douglas DC-10/30 (03); Douglas MD-11 (02). Total: 13.Aeronaves de passageiros: Boeing 737.200 (Configuração: 109 assentos, 02); Boeing 737.300 (Configuração: 136 assentos, 26); Boeing 737.400 (Configuração: 156 assentos, 03); Boeing 737.500 (Configuração: 120 assentos, 06); Boeing 737.800 (Configuração: 164 assentos, 02); Boeing 767.300 (Configuração mínima: 221 assentos, 05); Boeing 777.200 (Configuração mínima: 240 assentos, 06); e Douglas MD-11 (Configuração mínima: 282 assentos, 10). Total: 60. Total de lugares disponíveis simultaneamente: 10.635.Passageiros transportados: 5.908.754.
HISTÓRIA:
A Varig foi criada em 07 de maio de 1927 pelo piloto da força aérea alemã Otto Ernst Meyer. Sua primeira aeronave foi um hidroavião Dornier Wal que iniciou as operações da empresa na "Linha da Lagoa" ligando Porto Alegre à cidade do Rio Grande. Aos poucos foi ampliando sua frota e suas rotas, principalmente nas décadas de 40 e 50 a empresa contou com um estrondoso crescimento. Foram adquiridos os primeiros Boeing 707 e os jatos franceses SE-210 Caravelle.
Na década de 70, chegaram os primeiros jatos 727-100, 737-200 e DC-10-30, que foram introduzidos nas rotas intercontinentais da empresa. Já na década de 80 recebeu seus primeiros 747-200 que primeiramente foram colocados nas rotas para Nova Iorque, Los Angeles e Tóquio. A Varig foi a única companhia aérea brasileira a operar o Jumbo.
Nos anos 90 a empresa começou a adquirir novas aeronaves, como os Boeing 737-300, 767-200ER, 767-300ER e MD-11, para substituir os modelos mais antigos, como os Electras II da ponte aérea, os 727-100 e os quadrirreatores 707. Nesta época a empresa lança suas novas rotas: Orlando, Washington, Atlanta, Hong Kong e Bangcoc

Boeing 727.25 prefixo PP-CJK, da Cruzeiro, fotografado no Rio de Janeiro (Galeão) em 1987. Esta aeronave foi fabricada em janeiro de 1966 e vendida à Eastern (Estados Unidos), recebendo o prefixo N8145N.
Em 1997 a empresa se juntou com outras cinco empresas internacionais, formando a Star Alliance, em um acordo que visa basicamente oferecer vários benefícios aos usuários. Hoje já são mais de 10 empresas associadas, entre elas: Air Canada, Air New Zealand, ANA, Ansett Australia, Austrian Airlines, British Midland, Lauda Air, Lufthansa, Mexicana de Aviación, SAS, Singapore Airlines, Thai, Tyrolean Airlines, United Airlines. Além destas empresas o Grupo Varig é composto pela Rio Sul, Nordeste e Pluna.
Com a forte crise que abalou o mercado internacional em 1997 a Varig viu-se obrigada a reestruturar sua área operacional, organizacional e financeira. A frota foi reduzida em 14 aeronaves, sendo retirado de serviço os Boeing 747 e os McDonnell Douglas DC10-30. Contudo a oferta de assentos foi reduzida em 20% nos vôos internacionais e em 17% nos domésticos. Em 1999 a Varig recebeu o prêmio de Melhor Companhia Aérea da América Latina, Central e Caribe e também da Melhor Transportadora de Carga Aérea das Américas no Século 20.
Hoje, a pioneira VARIG - primeira empresa de avião comercial do Brasil - é uma empresa pequena que, entretanto, ostenta números que a consagram como uma das líderes do mercado mundial: Ao longo de mais de 78 anos de existência transportou mais de 210 milhões de passageiros, voou mais de 7 milhões de horas, realizou mais de 2 milhões e quinhentos mil vôos e seus aviões deram cerca de 115 mil voltas ao redor da terra. Entretanto, no início do século XXI, quase esteve à falência tendo devolvidas dezenas de aeronaves, milhares de funcionários foram demitidos e foi adquirida, em abril de 2007, pelo grupo Gol, voltando a operar em condições bem inferiores às anteriores perdendo, de longe, a condição de principal empresa aérea brasileira.
Entre 2005 a VARIG transportou 13.268.869 passageiros, obtendo a 2ª posição no período, que caiu para 3º em 2006. Ainda em 2005 a empresa voou 275.484 horas em 196.263.251 quilômetros à média de 712 km/hora. A empresa, agora controlada pela GOL, cancelou, no início de 2008, suas rotas para Londres, Roma e Frankfurt e planeja, em breve, cancelar também as para Paris, Madri e Cidade do México, se concentrando seus esforços na América do Sul e rotas internas já que os vôos transcontinentais não estavam lucrativos e ainda há o risco da liberação das tarifas, o que diminuiria a margem das empresas principalmente em função com as grandes concorrentes européias (Ibéria, British Airways, Air France, Alitália, KLM, Lufthansa, TAP Air Portugal, etc).
A VARIG HOJE:
A VRG Linhas Aéreas S.A., que opera a marca VARIG, foi adquirida em abril de 2007 pela GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (GLAI), holding controladora da GOL Transportes Aéreos. Desde entăo, a VARIG vem incorporando o modelo de gestăo com plataforma baixo custo e aprimorando os serviços oferecidos. A Empresa renovou a marca VARIG e ampliou suas rotas internacionais, como Roma na Itália, Paris na França e Londres na Inglaterra.
A Empresa também oferece o programa de milhagem Smiles, que conta atualmente com uma base de 5,7 milhőes de clientes. A VARIG oferece aos seus clientes o conforto das melhores salas VIP distribuídas nos principais aeroportos do Brasil. Além disso, os passageiros săo beneficiados pelo acordo interline assinado com a GOL. Usuários de vôos internacionais da VARIG com conexăo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Săo Paulo, ou Tom Jobim, no Rio de Janeiro, podem adquirir passagens para os destinos operados pela GOL no Brasil. DESTINOS A VARIG opera 140 vôos diários para 14 destinos brasileiros: Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Fernando de Noronha, Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro (Santos Dumont e Tom Jobim), Salvador e Săo Paulo (Guarulhos e Congonhas).
A Empresa ainda oferece 20 vôos diários para sete destinos internacionais: Buenos Aires, Bogotá e Caracas na América Latina e Frankfurt, Londres, Paris e Roma na Europa. Os planos de expansăo da VARIG contaM com cinco novos destinos na América do Sul, América do Norte e Europa a curto prazo. A VARIG planeja disponibilizar novas rotas para Cidade do México, Montevidéu, Santiago, Madri e Estados Unidos.
Em 2006 o GRUPO VARIG transportou 5.908.754 passageiros, sendo 4.143.780 em rotas domésticas e 1.764.974 em rotas internacionais. Em 134.153 horas de vôo foram percorridos 96.086.849 quilômetros a uma velocidade média de 716 km/hora.
Site da Varig: www.varig.com.br
- R I O S U L -
A Rio Sul foi fundada em 1976, após a crise iniciada na década de 60 que resultou no encerramento das atividades de 52 companhias aéreas, que atendiam cerca de 360 cidades no Brasil. O setor de aviação comercial ficou, então, restrito à atuação de quatro grandes companhias aéreas, que serviam 40 cidades.
Na época, o Brasil passava pelo chamado "milagre econômico" e o Ministério da Aeronáutica decidiu dividir o país em cinco regiões - Norte, Nordeste, Central, São Paulo/Centro Oeste e Sul - e oferecer às companhias de táxi aéreo sua exploração comercial como empresas regionais. Os grupos interessados resolveram buscar apoio logístico e know-how nas grandes companhias nacionais. No Rio de Janeiro, a Top Táxi Aéreo associou-se à Varig dando origem à Rio Sul Linhas Aéreas, com uma frota inicial de quatro aviões Piper Navajo e um Bandeirante. O primeiro vôo da nova companhia foi realizado no dia 9 de setembro de 1976, na linha Porto Alegre/Rio Grande/Pelotas. O nome Rio Sul foi escolhido baseado na estreita relação da empresa carioca com o Rio Grande do Sul.
Durante dez anos, as companhias aéreas regionais enfrentaram sérios problemas econômicos. A situação só melhorou quando o Ministério da Aeronáutica permitiu que as empresas regionais explorassem linhas bem mais rentáveis entre aeroportos centrais de grandes cidades, tais como os aeroportos de Congonhas, Santos Dumont, Pampulha e Afonso Pena, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, respectivamente.

Boeing 737.500 (PP-SSK) da Rio Sul, no Galeão - Rio de Janeiro (RJ)
Em 1992, a Conferência Nacional de Aviação Civil extinguiu as áreas geográficas, criando o conceito de rotas nacionais e regionais e liberando todo o país para a operação das empresas regionais. Esta medida foi extremamente importante para a consolidação da Rio Sul - que na época já contava com frota e malha de linhas extensas - como uma das principais companhias aéreas do Brasil.
Durante muitos anos a companhia operou várias tipos de equipamentos, entre eles o Embraer EMB-110 e o Fokker F27 em rotas no centro-sul do país. Nos anos 90 a empresa conquistou o mercado regional do país e ampliou sua atuação nos aeroportos centrais
Em 1997 recebeu seu primeiro jato ERJ-145 batizado de "Jet Class". O equipamento substituiu os F50 que operavam nos trecho Rio/Belo Horizonte. Com a dificuldade de encontrar os modelos 737-500 para arrendar a Rio Sul iniciou suas operações em 2000 com os Boeing 737-300. Atualmente a empresa opera com os modelos Boeing 737-300, o 737-500 e o 737.700.
Com a crise de 1999 a empresa enfrentou uma situação difícil no início do ano, assim como as demais empresas do setor. As despesas tiveram um aumento de 30% com a mudança cambial. Os descontos dos bilhetes foram reduzidos de 52% para 12%. Em 2005 a Rio Sul transportou apenas 222.476 passageiros, em 3.349 horas e 1.969.703 quilômetros voados à média de 588 km/hora. A grave situação econômica do Grupo Varig, a partir de 2005, fez com que funcionários fossem demitidos e aeronaves devolvidas diminuindo muito a participação da companhia no cenário nacional.
Site da Rio Sul: www.voeriosul.com.br
- N O R D E S T E -
A Nordeste Linhas Aéreas iniciou suas operações em 1976, com uma frota formada por aviões Embraer EMB-110 Bandeirante. Na época seus acionistas eram a TransBrasil e o Governo do Estado da Bahia.
Em 1995 a empresa foi adquirida pela Rio Sul Linhas Aéreas, pertencente ao Grupo Varig, sendo mais um passo importante na sua trajetória de sucesso, ao realizar a aquisição da empresa. Hoje, a Nordeste administra um exército de mais de 500 funcionários, uma frota de 14 aeronaves e uma malha que atende vôos para mais 38 cidades distribuídas por 16 estados. São mais de 126 decolagens por dia. Números que fizeram a Nordeste destacar-se como uma das 25 maiores empresas da Bahia e figurar entre as 40 maiores empresas regionais do mundo.
No ano de 1999 a Nordeste teve um aumento de 26% nos seus custos. Nas rotas onde há baixa geração de recursos a companhia reestruturou sua atuação, e naquelas onde há mercado potencial, como Salvador e Recife, a Nordeste está melhorando seus serviços.
A companhia está enfrentando uma pequena guerra tarifária na região norte do Brasil, mais especificamente nas localidades mais distantes, onde outras empresas têm boa participação. Porém, para competir com as companhias da região norte, a Nordeste tem oferecido horários e freqüências diferenciadas, visando atender a necessidades de seus passageiros.

BOEING737.33A (PT-MNK), DA NORDESTE, EM FERNANDO DE NORONHA - 16 / ABRIL / 2005 - Crédito: Carsten Jentqes
Em 1999 a empresa colocou em prática dois antigos planos. Inaugurou uma rota entre Salvador e Recife, com escalas em Aracaju e Maceió, além de um vôo sem escalas entre Salvador e Vitória. Em 2005 a Nordeste transportou 47.921 passageiros, em 826 horas e 513,634 quilômetros voados à média de 620 km/hora. A grave situação econômica do Grupo Varig, a partir de 2005, fez com que funcionários fossem demitidos e aeronaves devolvidas diminuindo muito a participação da companhia no cenário nacional.

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